
PASTOR CONTA EXPERIÊNCIA COMO CAPELÃO DE PRESÍDIO
Missionário diz que trabalho com presidiários, que muitos consideram perigoso, vem da vontade de Deus e o faz com alegria no coração
Por Raimundo Gomes/Especial para a Gazeta | Edição do dia 28/10/2023 - Matéria atualizada em 28/10/2023 às 04h00
Como medir a coragem de um casal de missionários que, por amor às almas sem Cristo, trabalha há 11 anos evangelizando em um ambiente que muita gente prefere distância, por considerá-lo hostil, perigoso? Um lugar cercado de pessoas desconfiadas em tudo e que, para muitos, é como estar entrando na boca de um leão?
Essas perguntas foram dirigidas ao missionário e pastor Dario Sabino, da Junta de Missões Nacionais. Ele reside na cidade de Mossoró, no Rio grande do Norte, com a também missionária Pâmela Patrícia, sua esposa. Trabalham desde 2012 como coordenadores da Capelania Prisional no Nordeste e ajudam no Norte do Brasil.
O trabalho com presidiários, considerado perigoso por muita gente que prefere distância, é uma missão que traz alegria ao coração do pastor potiguar. Ele esteve em Alagoas por 40 dias para promover a campanha de Missões Nacionais e capacitar voluntários com vistas à retomada do trabalho dos Batistas nos presídios.
“O Senhor Jesus tem colocado amor em meu coração por essas vidas! O que faço não é para mim, mas para o Reino de Deus! Fomos chamados para fazermos a diferença e hoje me sinto feliz quando estou no presídio! Algumas pessoas podem dizer: ‘Você está doido, pastor...’, mas estou fazendo a vontade de Deus”, explica o capelão.
MEDO DA RUA
O medo que o missionário e pastor afirma ter é quando anda pelas ruas de sua cidade. “Lá, já levaram meu carro, botaram três armas na minha cabeça, levaram minha carteira, minha aliança e o celular. Mas, dentro do presídio, nunca aconteceu isto. O local mais seguro para você estar, é onde Deus te colocar”, prosseguiu.
CAMPANHA
Iniciada no mês de setembro, a campanha de Missões Nacionais deste ano tem como tema “A Solução é Jesus Cristo”!
O pastor Dario passou mais de 30 dias visitando Igrejas Batistas em Alagoas. Em cada comunidade, ele ressaltou que “o sustento da obra missionária só é possível quando a igreja se levanta e começa a orar, ir e ofertar”.