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Nº 5759
Coluna Religião

Se queres, tu podes ficar curado...

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Por Mons. Pedro Teixeira Cavalcante/Teólogo | Edição do dia 13/01/2024 - Matéria atualizada em 13/01/2024 às 04h00

São Marcos, no início do seu Evangelho, conta-nos um fato fascinante, instrutivo e edificante, que aconteceu entre Jesus e um leproso. No seu estilo conciso, o evangelista diz que: “Aproximou-se de Jesus um leproso, suplicando-lhe de joelhos: Se queres, podes curar-me. Jesus compadeceu-se dele, estendeu a mão, tocou-o e lhe disse: Eu quero! Fica curado. Imediatamente desapareceu dele a lepra e foi purificado” (MC 40-42).

Eis aí o tipo perfeito de oração. Santo Afonso nos dizia: peçamos, peçamos! Na verdade, a oração é uma conversa com Deus. Nessa conversa podemos pedir algo de que precisamos, podemos suplicar o perdão divino, agradecer, fazer mil coisas, mas a base de tudo é a fé em Deus e a vontade de fazer a sua vontade.

O leproso não pede diretamente a cura, nem insiste para Jesus fazer o que ele quer; ele simplesmente professa sua fé em Jesus e depois coloca sua situação ao Mestre. Nossa oração não pode nem deve ser uma intimação a Deus, nem podemos exigir de Deus que ele simplesmente faça nossa vontade. Podemos pedir, sim, mas, contanto que aceitemos a vontade divina.

Foi assim que Jesus rezou, quando disse: Pai, se for possível, passa esse cálice, mas não se faça a minha vontade, mas a tua! E na oração que Ele nos ensinou há vários pedidos, mas primeiramente há a profissão fé e, só depois, Ele acrescenta: “Seja feita a vossa vontade, assim na terra como ela é feita no céu.”

Às vezes, quando oramos, não só exigimos de Deus o que queremos, mas ousamos até a marcar o tempo e a hora. O leproso não faz nada disso. Ele reconhece o poder de Jesus e coloca seu problema para que faça sua divina vontade. É assim que devemos rezar!

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