Artigo
Segunda manifestação da Trindade (continuação)
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Continuando sua manifestação da Trindade, no capítulo dezesseis, João escreve: No entanto, eu vos digo a verdade: “É bom para vós que eu vá. Se eu não for, o Defensor não virá a vós. Mas, se eu for, eu o enviarei a vós. Quando ele vier, acusará o mundo em relação ao pecado, à justiça e ao julgamento. (16, 7-8)...”
E continua: “Tenho ainda muitas coisas a vos dizer, mas não sois capazes de compreender agora. Quando ele vier, o Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade. Ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo quanto tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu para anunciar (16, 12-4)”.
Nos versículos anteriores, João fala-nos da Trindade claramente e, nestes versículos, ele continua a falar do mesmo tema, salientando, porém, a relação entre a Segunda Pessoa e a Terceira Pessoa da Trindade. João levanta aqui também a famosa questão teológica da procedência do Espírito Santo, isto é, sabemos que o Pai não tem origem, sabemos, outrossim, que o Filho foi gerado, desde toda a eternidade, pelo Pai. Mas, o Espírito Santo?
Essa é uma questão muito discutida entre a igreja latina e a igreja grega. A primeira afirmando que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho; a segunda asserindo que o Espírito procede do Pai pelo Filho.
Aqui não é o caso de examinarmos esse debate, pois o que nos interessa mesmo é que cada cristão deve ter um necessário e profundo relacionamento com cada Pessoa trinitária.