ARTIGO
Os vários lugares bíblicos
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Os católicos, que leem ou rezam com a Bíblia, devem conhecer um pouco da geografia bíblica para se situar bem nas suas leituras e orações. Sem o mínimo desse conhecimento geográfico, ficamos perdidos nessas leituras e orações bíblicas, sem a menor noção de espaço, o que nos leva a não compreender a situação e o sentido dos textos sagrados.
Na Bíblia encontramos muitas referências a certas cidades, que foram muito importantes no seu tempo e que, ainda hoje, são vistas como marcas da história e do povo judeu. Podemos citar Jerusalém, Belém, Nazaré, Cafarnaum, Jericó, Betânia, Sabá, Laodiceia, Éfeso, Esmirna, Basan, Fenícia, Decápole, Jope etc.
Tomemos dois exemplos práticos, quando a Bíblia nos diz que alguém subiu para Jerusalém, logo nos perguntamos por que se usa o verbo subir e, quando a Bíblia nos diz que alguém desceu para Jericó, logo queremos saber por que se escreve o verbo descer. Se não sabemos, a narrativa bíblica fica sem o fundamento da trajetória do fato e nos deixa sem uma compreensão completa do dado bíblico.
Por isso, temos que estudar os lugares bíblicos, para entender o fato histórico e, então, assimilar a mensagem da Bíblia. Com efeito, Jesus falava usando sempre as circunstâncias do lugar onde se encontrava. Por exemplo, quando ele se refere ao valor de dar um copo com água a alguém, ele se encontrava em uma região desértica, onde a sede é muito grande e onde um simples copo com água tem um valor enorme. Assim, sabendo o local e a circunstância da pregação, a mensagem tem mais valor.
Nós, cristãos, temos de estudar a Bíblia em todos os sentidos. História, Geografia, Arqueologia, Sociologia, Linguística etc. A Bíblia é, como diz o canto, a carta que Deus nos enviou, portanto merece toda nossa atenção.