A minha igreja

Importante é notar que Jesus não diz no texto de Mateus (16,18) que edificará a Igreja, ou a Igreja de Deus, mas diz clara e categoricamente: a minha Igreja! É a Igreja de Jesus, aquela que Ele viera construir, edificar, formar com a sua pregação do Reino, na qual esse mesmo Reino seria pregado, pela qual esse mesmo Reino seria difundido pelo mundo afora através dos tempos.

Jesus, pois, tinha claramente a intenção de construir uma Igreja e uma Igreja que não era simplesmente a concretização de uma ideia já antiga do povo judeu, mas a Igreja própria dele, a Igreja que Ele mesmo concebera, conforme a criara no seio da Trindade Santíssima.

Essa Igreja será edificada com Jesus, que é sua cabeça e seu fundamento e sobre Pedro, como uma Rocha. Quando será edificada? É evidente que com Jesus já começava a sua edificação, mas como uma semente que dá origem a uma árvore, essa Igreja deveria ainda, através dos tempos, ir-se edificando. Por isso, Pedro terá de ser continuado também através dos tempos pelos seus sucessores.

Jesus afirma, de uma maneira muito forte, que o poder do maligno nada poderá contra a sua Igreja, a qual será construída sobre a Rocha, que é Pedro. As portas do inferno significam justamente esse poder do maligno e, assim, fica mais fundamentado que é o Cristo a pedra fundamental da Igreja e que Pedro é a pedra visível, representante visível desse Cristo, que venceu a morte e todo o poder de Satanás. Destarte fica comprovado que, Jesus fundava em Pedro não apenas urna instituição humana e visível, mas uma Igreja, a verdadeira Congregação de Deus, tão forte, tão divina, tão grandiosa, por causa dele mesmo, que nenhuma força do Mal poderia vencê-la.