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ARTIGO

O Concílio de Jerusalém

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Concílio de Jerusalém
Concílio de Jerusalém | Foto: Reprodução

Tem-se levantado outra dificuldade ao primado de Pedro justamente do famoso Concílio de Jerusalém, realizado entre os anos 49 e 51 (At 15,1-2,4-7,12-13). Ora bem, examinemos, com cuidado, os termos, as decisões e mesmo o contexto geral desse Concílio. Em primeiro lugar, há certa dúvida, por parte de alguns estudiosos, sobre se o Tiago, mencionado no texto, seja de fato o apóstolo que, parece-nos, é a conclusão mais lógica.

Em segundo lugar, é preciso notar que, Tiago é parente de Jesus e é o chefe do grupo judeu-cristão; que ocupava um posto destacado na Igreja de Jerusalém. Assim, era mais do que natural que lhe coubesse uma palavra forte e decisiva em questão de prática pastoral. Mas, essa prática pastoral tinha um fundo teórico, teológico. Pois bem, é justamente aí que entrou a decisão de Pedro. Portanto, temos dois campos distintos nessa questão. A questão prática e a questão teórica, doutrinal, teológica. Pedro falou e deu sua opinião sobre a segunda questão. A assembleia, em sínodo, devia agora acatar ou não o fundamento teológico do problema e, depois, tirar as consequências pastorais. Naturalmente cabia a Tiago tomar a palavra para falar em nome do partido judeu-cristão e ele o fez falando em dois momentos.

No primeiro, concordou com Pedro; no segundo momento, seguindo a orientação de Pedro, tirou as consequências e, como chefe do grupo que antes pensava diferentemente do quanto Pedro acabara de afirmar, resolveu ir às últimas consequências e concordou com Pedro também na vida pastoral.

A conclusão, pois, de quanto dissemos até agora é que os evangelhos contam a instituição do primado de Pedro em termos inequívocos; que não há nada a contradizer, mas algo a confirmar tal afirmação evangélica do primado nos atos dos apóstolos posteriores à descida do Espírito Santo, em Pentecostes.

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