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Nº 5759
Economia

Presidente do BC aposta na valoriza��o do real

O presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, afirmou, ontem, em pronunciamento no Conselho das Américas, em Nova York, que o real deverá se valorizar nos próximos seis meses, dados os sólidos fundamentos do sistema monetário, fiscal e financeiro do

Por | Edição do dia 28/08/2002 - Matéria atualizada em 28/08/2002 às 00h00

O presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, afirmou, ontem, em pronunciamento no Conselho das Américas, em Nova York, que o real deverá se valorizar nos próximos seis meses, dados os sólidos fundamentos do sistema monetário, fiscal e financeiro do País. Fraga observou, no entanto, que o desempenho da moeda brasileira também dependerá do próximo governo, que assume o comando do País em janeiro. Ele acredita que todos os candidatos que concorrem à Presidência do Brasil entendem e estão a favor de serem responsáveis do ponto de vista fiscal, mantendo a inflação baixa e honrando os contratos firmados por este governo. Fraga disse também que os candidatos apóiam o pacote negociado recentemente entre o Brasil e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O dirigente da autoridade monetária brasileira afirmou que ninguém no Brasil quer nada que diga respeito a dificuldades com contratos e reprogramações de débito. Armínio Fraga menosprezou o “barulho” que as eleições gerais estão causando nos principais mercados financeiros nos últimos meses. Ele afirmou que os candidatos à presidência do Brasil devem ser mais claros em suas propostas econômicas e apresentar programas ortodoxos, caso sejam eleitos. “Os presidenciáveis devem sinalizar se têm a intenção de estourar os objetivos fiscais e voltar para uma alta da inflação, ou qualquer coisa assim,” declarou Fraga em entrevista para a rede de TV CNBC, de Nova York. Fraga e o ministro da Fazenda, Pedro Malan, se encontraram ontem com dirigentes de bancos mundiais, que prometeram manter seu nível de investimentos no Brasil, em iniciativa que deverá restabelecer a confiança dos mercados financeiros no País. O presidente do Banco Central salientou que a reunião foi um êxito absoluto. Em comunicado à imprensa, os banqueiros disseram que estavam comprometidos com o Brasil, com seu programa econômico a longo prazo, e prometeram manter o nível geral de linhas de crédito no País. A reunião contou com a participação de dirigentes de 16 bancos, incluindo o Citigroup Inc., JP Morgan Chase e o Deutsche Bank. Fraga declarou que a resposta dos banqueiros ultrapassara suas expectativas e representava um passo importante para restabelecer a confiança no País.

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