Procon investiga cartel das distribuidoras de g�s
Depois de comprovada a prática de adulteração na quantidade de gás de cozinha comercializado em Alagoas, pode está havendo ainda a formação de cartel, prejudicando os consumidores. De oito distribuidoras de gás que atuam na região do Triângulo Mineiro, e
Por | Edição do dia 30/08/2002 - Matéria atualizada em 30/08/2002 às 00h00
Depois de comprovada a prática de adulteração na quantidade de gás de cozinha comercializado em Alagoas, pode está havendo ainda a formação de cartel, prejudicando os consumidores. De oito distribuidoras de gás que atuam na região do Triângulo Mineiro, e sofrerão processos administrativos, podendo vir a ser processadas criminalmente após análise do Ministério Público de Minas Gerais, quatro atuam em Alagoas: a Minasgás, Nacional Gás Butano, Capagaz e Ultragás. Para a coordenadora do Procon, Wedna Miranda, é positivo para os consumidores que práticas abusivas como a cartelização de empresas possam ser investigadas pelo Ministério Público. Não acredito que a postura de mercado de uma distribuidora possa mudar de um Estado para outro e, se assim se comprovar, estaríamos sofrendo o mesmo processo, destaca Wedna Miranda, ao ressaltar a importância da parceria com o Ministério Público. No caso específico de Minas Gerais, a Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda, recebeu fitas contendo conversas telefônicas entre funcionários das oito empresas distribuidoras de GLP (gás de cozinha), fixando preços conjuntamente e dividindo o mercado consumidor entre elas. Além dessas provas, há também correspondências similares entre estas empresas. Os acordos para fixação de preços e divisão de clientes são fortes indícios de cartelização, segundo declarações feitas pelo próprio ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ribeiro. De acordo com observação de Wedna Miranda, as distribuidoras, apesar de concorrentes, têm um mesmo advogado e associação para defender os seus interesses, fato que considera estranho. Segundo Wedna Miranda, algumas dessas empresas não cumpriam o tabelamento de preços e agora estão tentando justificar o problema da adulteração da quantidade de produto. O Procon de Alagoas vai continuar investigando as denúncias e encaminhar o relatório sobre a adulteração para a Secretaria de Direito Econômico, do Ministério da Justiça.