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Nº 5822
Economia

Cana: chuva acima da m�dia anula danos de pragas

A safra alagoana de cana-de-açúcar 2002/03 deverá ser melhor do que o previsto. A praga da cigarrinha e o flechamento, problemas que chegaram a assustar o setor sucroalcooleiro do Estado entre os meses de abril e junho, ao que parece tiveram seus efeitos

Por | Edição do dia 01/09/2002 - Matéria atualizada em 01/09/2002 às 00h00

A safra alagoana de cana-de-açúcar 2002/03 deverá ser melhor do que o previsto. A praga da cigarrinha e o flechamento, problemas que chegaram a assustar o setor sucroalcooleiro do Estado entre os meses de abril e junho, ao que parece tiveram seus efeitos negativos pela manutenção de índices pluviométricos bem acima da média até o fim de agosto. Pelos levantamentos do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Ala-goas (Sindaçúcar), choveu em média 200 milímetros na zona canavieira alagoana durante agosto, o dobro do que tradicionalmente chove neste mês em anos considerados bons. “Não lembro de um mês de agosto com este nível de chuva. Aliás, choveu bem em toda a zona canavieira do Estado desde dezembro do ano passado, o que nos leva a acreditar que a safra será bem e melhor do que o esperado inicialmente, tanto na quantidade quanto na qualidade”, avalia Jorge Toledo, presidente do Sindaçúcar. A estimativa do sindicato é de que a produção passe dos 25 milhões de toneladas, repetindo a safra 2000/01, considerada uma das melhores das últimas décadas, devido ao volume de cana, ao rendimento industrial e aos preços nos mercados interno e externo. Preços No mercado internacional, o preço do açúcar demerara continua estabilizado um pouco abaixo dos seis centavos de dólar por libra peso - considerado ruim. Mas a expectativa é de alta nas próximas semanas devido às estimativas de exportação do setor sucroalcooleiro do Centro- Sul do País, cuja safra já está consolidada. “O mercado mundial trabalhava com uma estimativa de que o Centro-Sul exportaria, nesta safra, 12 milhões de toneladas. No entanto, as projeções, com a colheita paulista já consolidada, apontam para um volume de exportação pouco superior a dez milhões de toneladas. Com este quadro, esperamos uma reação nos preços internacionais nas próximas semanas”, aponta Jorge Toledo. Outro fator positivo é a recuperação dos preços no mercado interno. De acordo com o Sindaçúcar, o álcool hidratado está sendo comercializado em São Paulo por cerca de R$ 610 o metro cúbico (mil litros) e o saco de açúcar está sendo vendido, em média, por R$ 23,80. “Os preços praticados atualmente no Centro-Sul nos levam a esperar aqui no Nordeste uma safra um pouco melhor, em termos de remuneração do que a anterior”, analisa.

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