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Nº 5824
Economia

Mecaniza��o faz a diferen�a e garante o lucro na agricultura

ROBERTO VILANOVA Quem tem uma máquina para colher e debulhar grãos, ri à toa, satisfeito com a safra de feijão e milho este ano em Alagoas. A chuva que ainda se precipita no agreste e no Sertão caiu no momento certo, irrigando a terra – nunca a chuva foi

Por | Edição do dia 01/09/2002 - Matéria atualizada em 01/09/2002 às 00h00

ROBERTO VILANOVA Quem tem uma máquina para colher e debulhar grãos, ri à toa, satisfeito com a safra de feijão e milho este ano em Alagoas. A chuva que ainda se precipita no agreste e no Sertão caiu no momento certo, irrigando a terra – nunca a chuva foi tão bem distribuída no Estado. Os agricultores agradecem a Deus pela generosidade, ainda que muitos, por falta de acesso à tecnologia e crédito, contente-se com o lucro mínimo. O agricultor Manoel Nunes, de Igaci, calcula que não vai dar para comprar a roupa de festa – é preciso guardar dinheiro para outras necessidades, como se alimentar e comprar semente para o próximo plantio. Os grandes Nunes já fez a divisão do que vai colher na empreitada conjunta com o amigo e vizinho, José Milton. Vai guarda um saco de milho, outro de feijão, para o consumo da família – o resto vai vender em Arapiraca, esta é a sina dos pequenos produtores. Para os grandes a situação é de euforia – pela primeira vez o Estado está exportando feijão e, também pela primeira vez, aventura-se na produção de feijão preto em escala comercial. Os resultados positivos têm outro dado interessante – toda a produção foi obtida graças ao esforço de cada um, ou seja, sem investimento público. “Não me lembro do dia em que ganhei uma cuia de semente. Ninguém dá mais nada de graça, quem plantou teve de comprar semente de feijão a 70 reais em Santana do Ipanema”, desabafou Nunes. Mesmo resmungando, ele se sente satisfeito. “É bonito a gente ver o terreiro amontoado de feijão, pronto para bater”, concluiu.

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