loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sábado, 28/06/2025 | Ano | Nº 5998
Maceió, AL
25° Tempo
Home > Economia

Economia

Ind�strias est�o cada vez mais endividadas

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp

As indústrias brasileiras estão cada vez mais endividadas. As dívidas com as instituições financeiras mais que dobraram no período de 1995 a 2001. No ano passado, para cada real de capital próprio, a indústria de transformação tinha 40 centavos de dívidas junto ao sistema financeiro. Em 1995 essa proporção era de 18 centavos. Também cresceu a proporção de empresas com prejuízo, de 28% para 33%. De 1995 a 2001, a rentabilidade média da indústria de transformação não superou os 6%, enquanto que a dos 100 maiores bancos ficou por volta de 15%. Essas são algumas das conclusões de um levantamento da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), feito com 330 indústrias da transformação que faturaram R$ 201 bilhões em 2001. O crédito caro e escasso, aliado à excessiva carga tributária, são apontados pela Firjan como responsáveis pela gradativa deterioração financeira das indústrias. ?O endividamento, em si não é uma coisa ruim. Mas ele tem que ser acompanhado de melhoria na situação das empresas, o que não se verificou nesses anos todos. A rentabilidade da indústria tem sido medíocre?, diz Augusto Franco Alencar, diretor operacional corporativo da Firjan. À exceção de 2000, quando a rentabilidade das indústrias da amostra alcançou 7,55%, nos outros anos ela sempre ficou abaixo de 6%. Já no sistema financeiro, com base numa amostra de 100 bancos, a rentabilidade sempre ficou acima de 11%. Brutal diferença Segundo Alencar, a brutal diferença de rentabilidade mostra uma forte transferência de renda do setor produtivo para o financeiro, através da taxa de juros. ?Quanto mais altos os juros, pior a situação da indústria. Quando ele baixa, o quadro melhora. ?Foi o que ocorreu em 2000, quando a taxa de juros atingiu um dos patamares mais baixos, cerca de 17%. Naquele ano, o número de empresas que tiveram prejuízo foi de 27%, o menor desde 1995. O maior vigor industrial também foi reflexo do crescimento da economia como um todo, com o Produto Interno Bruto crescendo 4,5% naquele ano.

Relacionadas