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Nº 5905
Economia

Arm�nio diz que “viagem do cr�dito” foi positiva

O presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, encerrou ontem sua jornada pela Europa sem previsão de quando as linhas de crédito oferecidas pela banca internacional ao Brasil poderão se normalizar. “Eu não poderia determinar a duração precisa do

Por | Edição do dia 12/09/2002 - Matéria atualizada em 12/09/2002 às 00h00

O presidente do Banco Central (BC), Armínio Fraga, encerrou ontem sua jornada pela Europa sem previsão de quando as linhas de crédito oferecidas pela banca internacional ao Brasil poderão se normalizar. “Eu não poderia determinar a duração precisa do tempo para que as linhas de crédito voltem aos patamares anteriores”, afirmou ele na sede do banco holandês ABN-Amro, após seu último compromisso antes de voltar ao Brasil. Desde sábado passado, o presidente do BC cumpriu agenda com uma série de encontros com executivos de bancos e seguradoras, representantes de grandes multinacionais no Brasil e dirigentes de bancos centrais europeus. Planilhas Munido de planilhas com vários indicadores econômicos, Armínio quis demonstrar a eles que a situação do País, mesmo diante da mudança de governo que ocorrerá no ano que vem, não inspira desconfiança. Armínio foi à Europa para convencê-los a reabrir as linhas de crédito ao País, que despencaram nas últimas semanas por causa do receio dos banqueiros de emprestar ao Brasil. Segundo ele, a queda foi de aproximadamente 20% em volume normal oferecido ao País. Mesmo sem saber quando as linhas poderão ser restabelecidas totalmente, Armínio considerou positiva a viagem. Declarou que a maior preocupação da equipe econômica era evitar que os recursos oferecidos ao País caíssem ainda mais. Afirmou que, além de conter a queda, houve um ligeiro aumento da oferta nos últimos dias. “Alguns bancos informaram que estão estabilizando as linhas, outros, que vão ampliá-las. Há também aqueles que ainda estão analisando a situação”, salientou ele. Segundo Armínio, não é somente por causa das eleições no Brasil que o crédito ao País encolheu. Ele lembra que o cenário econômico internacional está muito adverso. “A aversão a risco aumentou no mundo inteiro”, ressaltou. Citou como um dos fatores da adversidade do cenário o baixo crescimento econômico mundial e dos Estados Unidos, abaixo do que era esperado pela grande maioria dos economistas. Um dos principais argumentos que usou para desfazer a desconfiança dos banqueiros europeus quanto ao futuro do País foi o apoio dado pelos principais candidatos à Presidência ao acordo com o FMI.

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