Após seis pregões de valorização, o dólar encerrou a sexta-feira em baixa, com os investidores animados pela oscilação negativa do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na pesquisa de intenção de voto Ibope/CNI. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 3,405 na venda (R$ 3,395 para compra), em queda de 1,3%. Apesar do resultado desta sexta-feira, o dólar acumulou na semana valorização de 5,9%. Em um mercado bastante volátil e de liquidez reduzida, mais uma vez o cenário eleitoral concentrou a atenção dos agentes financeiros. Nem mesmo a desistência do Banco Central de rolar o vencimento de cerca de US$ 1,508 bilhão na próxima quarta-feira brecou a trajetória de queda. “O mercado foi bem agitado. O que fez a moeda cair mesmo foi a pesquisa eleitoral, pois volta a indicar um segundo turno”, afirmou José Roberto Carreira, gerente de câmbio da Corretora Novação. “Olhe o resultado das pesquisas. O Lula caiu, o dólar cai”, afirmou o diretor de uma corretora paulista. Na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), os contratos de câmbio que vencem em outubro projetaram a moeda norte-americana a R$ 3,390 no final de setembro, com baixa de 1,11% e 43,6 mil papéis transacionados. Novembro estimou o dólar a R$ 3,330 no final de outubro, com desvalorização de 0,42% e 2,3 mil contratos fechados. No paralelo, as trocas ocorreram entre R$ 3,24 e R$ 3,32, com alta de 0,61%. O euro trocou de mãos no interbancário entre R$ 3,3343 e R$ 3,3609. Bolsa A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com alta de mais de 2% nesta sexta-feira, embalada pelos resultados da pesquisa Ibope/CNI sobre a sucessão presidencial. O movimento interrompeu a seqüência de quatro quedas consecutivas nesta semana. O Ibovespa encerrou o dia a 9.585 pontos, com alta de 2,27%. Apesar disso, as perdas acumuladas na semana são de 5,84%.