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Nº 5900
Economia

D�lar fecha em alta de 4,8% e quebra novo recorde do real

O nervosismo do mercado com a divulgação da nova pesquisa eleitoral do Datafolha e o vencimento de uma dívida cambial fizeram o dólar disparar, ontem, 4,84% e registrar, por mais de 10 centavos de diferença, novo recorde de fechamento do do plano Real. On

Por | Edição do dia 24/09/2002 - Matéria atualizada em 24/09/2002 às 00h00

O nervosismo do mercado com a divulgação da nova pesquisa eleitoral do Datafolha e o vencimento de uma dívida cambial fizeram o dólar disparar, ontem, 4,84% e registrar, por mais de 10 centavos de diferença, novo recorde de fechamento do do plano Real. Ontem a cotação oficial fechou a R$ 3,57 para venda e R$ 3,565 para compra. Antes disso, o maior valor era o de fechamento de 31 de julho -R$ 3,475. O risco-país brasileiro fechou com alta de 10%, a 2.175 pontos. O C-Bond, título da dívida externa brasileira mais negociado no exterior, está sendo negociado a 51% de seu valor de face. Isso significa que o papel brasileiro, que promete pagamento de US$ 100 o lote, está sendo negociado com quase 50% de desconto. Ou seja, a US$ 51 o lote. A Bovespa fechou com baixa de 3,35, após ter chegado a cair 4,67% à tarde. A Bolsa paulista fechou a 9.264, menor pontuação desde 29 de julho deste ano. Contribui para a aversão ao risco dos países emergentes o cenário eleitoral brasileiro nebuloso e as fortes quedas das bolsas norte-americanas. A cotação do dólar também está próxima do maior valor já registrado em relação ao real, a R$ 3,61, obtido durante os negócios do mesmo dia 31 de julho, auge da crise de falta de liquidez dos mercados, quando as empresas não obtinham crédito fora do Brasil para rolarem suas dividas, e antes da assinatura de um acordo de US$ 30 bilhões com o FMI (Fundo Monetário Internacional). Além disso, a moeda brasileira se aproxima do patamar do combalido peso argentino, negociado a 3,69 unidades por dólar. O volume de negócios foi ainda mais baixo do que o das últimas semanas, que já estava abaixo do nível normal. “Não tem volume, não tem negócio, não tem nada. O telefone não toca, o cliente não liga para fechar (negócio de) câmbio’’, afirmou Miriam Tavares, diretora da corretora AGK.

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