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Nº 5759
Economia

D�lar bate novo recorde e fecha a R$ 3,88

Pela terceira vez na semana, o dólar registrou fechamento recorde desde a criação do real. No fechamento de ontem, a moeda encerrou o dia a R$ 3,88 para venda e R$ 3,87 para compra. A cotação marca uma alta de 3,19% no dia, de 13,95% na semana, 28,9% no m

Por | Edição do dia 28/09/2002 - Matéria atualizada em 28/09/2002 às 00h00

Pela terceira vez na semana, o dólar registrou fechamento recorde desde a criação do real. No fechamento de ontem, a moeda encerrou o dia a R$ 3,88 para venda e R$ 3,87 para compra. A cotação marca uma alta de 3,19% no dia, de 13,95% na semana, 28,9% no mês e 67,6% no ano. A moeda norte-americana está agora a 12 centavos - ou 3% - do até então impensável patamar de R$ 4. Analistas prevêem que o dólar quebre essa barreira psicológica ainda no começo da próxima semana, possivelmente já na segunda-feira, véspera do vencimento de uma dívida cambial e dos contratos futuros de câmbio na BM&F. Durante os negócios do dia, a moeda chegou a ser vendida também a inéditos R$ 3,902. Enquanto isso, o risco Brasil operou em nível recorde, 2.449 pontos, 10,1% acima do fechamento de quinta-feira. Os números históricos são proporcionados pela combinação entre as dúvidas e temores que ganham peso a uma semana das eleições, o cenário externo desfavorável e a pressão do vencimento de uma dívida cambial de US$ 1,25 bilhão na próxima semana, dos quais o Banco Central rolou até agora apenas 21%. O valor do dólar na segunda-feira é crucial, porque é a Ptax (taxa média compilada pelo Banco Central entre as instituições financeiras de acordo com o volume do dia) desse dia, o último do mês, que vai determinar quanto as instituições que têm dinheiro a receber pela dívida cambial e com os contratos de dólar futuro para outubro ganharão. Quanto mais alta a cotação, maior será o lucro em reais desses investidores. O recorde de ontem coloca a cotação do real em dólar abaixo do combalido peso argentino, moeda depreciada por uma moratória, uma grave crise política e econômica, a falta de apoio financeiro de organismos internacionais e um risco-país de 6.545 pontos - situação completamente diferente da brasileira. Hoje o peso argentino é cotado a US$ 0, 2717, enquanto o real é cotado a US$ 0, 2577.

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