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Nº 5822
Economia

Mercado muda discurso e j� acha que transi��o ser� suave

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Por | Edição do dia 01/10/2002 - Matéria atualizada em 01/10/2002 às 00h00

No dia em que se esperava que o dólar atingisse a marca inédita dos R$ 4, a moeda norte-americana caiu, o discurso mudou, e o mercado deu o primeiro sinal de que está assimilando uma vitória do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, e que essa transição pode muito bem ser digerível. Para alguns analistas, parte do mercado até já teria “jogado a toalha”, acreditando que o candidato governista, José Serra (PSDB), dificilmente conseguirá reverter o presente quadro eleitoral. Fatos como as declarações de apoio de empresários e banqueiros brasileiros a Lula, sinais de receptividade a um possível governo petista por parte do FMI (Fundo Monetário Internacional) e até movimentação de bastidores entre o governo, o PT e os mercados externos contribuíram para reforçar a sensação de que a transição será menos traumática do que se imaginava há algumas semanas. Nem mesmo as declarações do megafinancista internacional George Soros, de que o Brasil deve quebrar no próximo ano, conseguiram abalar o clima de “paz e amor’’ que dominou o mercado ontem. Além das intervenções do Banco Central, contribuiu para isso a movimentação política dos últimos dias. Nomes de peso, convencidos de que a vitória do petista é praticamente certa -a última pesquisa do Datafolha mostrou Lula a apenas um ponto de vencer o pleito no primeiro turno- teriam resolvido aderir enquanto é tempo a sua candidatura. O presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho, o presidente da Gradiente, Eugênio Staub, e o presidente da ABIT (associação da Indústria Têxtil), Paulo Skaf -nenhum deles com histórico petista- declararam apoio ao candidato nos últimos dias. Por sua vez, o PT, que até a última semana resistia em divulgar membros de sua hipotética equipe econômica, começou a “vazar” alguns nomes, possivelmente em um teste de aceitação do mercado. Entre eles, seriam cogitados o ex-diretor do Banco Central e atual diretor do Itaú Sergio Werlang, o ex-presidente da Petrobras Henri Phillippe Reichstul e o vice-presidente de Finanças da Nossa Caixa, Elói Cirne de Toledo -todos figuras próximas à administração atual.

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