BC interv�m no mercado e d�lar recua 3,1%
O dólar comercial começa em queda na semana da reta final do primeiro turno das eleições presidenciais, depois de, pela manhã, ter ameaçado atingir a cotação de R$ 4,00. O dólar passou a cair à tarde e fechou vendido por R$ 3,755 (compra a R$ 3,745) pela
Por | Edição do dia 01/10/2002 - Matéria atualizada em 01/10/2002 às 00h00
O dólar comercial começa em queda na semana da reta final do primeiro turno das eleições presidenciais, depois de, pela manhã, ter ameaçado atingir a cotação de R$ 4,00. O dólar passou a cair à tarde e fechou vendido por R$ 3,755 (compra a R$ 3,745) pela taxa do Banco Central, uma queda de 3,1% em relação ao valor do fechamento de sexta-feira, que foi recorde da história real (R$ 3,875 para compra). Na máxima do dia, o dólar encostou em R$ 3,95. Com a cotação de ontem, o dólar fechou o mês de setembro com valorização de 24,75% em relação ao real. A queda desta segunda ocorreu depois de forte intervenção do BC com venda de dólares à vista, segundo operadores, e também depois que o mercado garantiu uma média de cotações mais alta para rolagem de títulos atrelados ao câmbio. Essa média servirá de base para o resgate de uma dívida cambial que vence amanhã, no valor de US$ 1,23 bilhão. O BC teria vendido entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões, nesta segunda, no mercado de câmbio à vista, para forçar a queda do dólar. Recordes A cotação do real em relação ao dólar continua abaixo da cotação do peso argentino em relação à moeda norte-americana nesta sexta-feira. O dólar fechou a 3,68 pesos pela taxa do Banco Central da Argentina. Com isso, o valor do peso está 2,04% acima do real. Durante a semana passada, o dólar bateu recorde histórico em relação ao real três vezes, nos fechamentos de segunda, terça e sexta. O real passou a valer menos que o peso argentino, na semana passada, pela primeira vez desde o fim do regime de paridade cambial com o dólar no país vizinho. Só na semana passada, o dólar subiu 13,8% em relação ao real. Na sexta, o Banco Central realizou dois leilões de papéis cambiais para tentar rolar os vencimentos da próxima semana. O BC vendeu mais US$ 132 milhões em swap cambial no segundo leilão, realizado no fim da tarde. Somando os US$ 132 milhões aos US$ 127 milhões vendidos no início da tarde, a autoridade monetária conseguiu rolar apenas cerca de 21% da dívida cambial.