Fraga defende fim da CPMF para mercado de a��es
A pesquisa de preços de alimentos do Gape detectou esta quinzena uma queda de 0,91% no preço médio da Cesta Gazeta. Esse recuo foi maior do que o ocorrido na quinzena anterior que atingiu apenas 0,28%. Mesmo com essa redução, a Cesta ainda não atingiu o p
Por | Edição do dia 23/02/2002 - Matéria atualizada em 23/02/2002 às 00h00
A pesquisa de preços de alimentos do Gape detectou esta quinzena uma queda de 0,91% no preço médio da Cesta Gazeta. Esse recuo foi maior do que o ocorrido na quinzena anterior que atingiu apenas 0,28%. Mesmo com essa redução, a Cesta ainda não atingiu o preço médio de um mês atrás quando a teve aumento de 3,87%. Alguns produtos continuam caros e com preços desequilibrados, enquanto outros que estavam com preço aparentemente promocional voltaram aos valores antigos. É o caso do mamão Formosa que era vendido na quinzena anterior, no Hiper Bompreço por R$ 0,19 e agora custa R$ 0,69, um aumento de 263,16%. Muitos dos produtos pesquisados pelo Gape continuaram nesta quinzena vendidos pelos preços anteriores. Nesta quinzena, seis produtos ultrapassaram a faixa dos 10% de reajuste médio de preços. É o caso do mamão formosa, banana, cenoura, laranja, filé de camarão e cebola. Enquanto isso, nenhum produto teve o preço reduzido em percentual acima de 10%. Ainda assim, em função dos preços serem diferentes para cada produto, houve uma pequena redução no valor médio da Cesta Gazeta. Não foram quase verificadas promoções nesta quinzena. Apenas no Hiper Bompreço dois produtos estavam em promoção: cebola e queijo prato. A Cesta Básica Alimentar (governamental), que tinha caído 2,99% na quinzena anterior, desta vez trouxe uma surpresa desagradável para o consumidor. Por conta do aumento médio que tiveram os preços da banana e do tomate, essa cesta sofreu uma elevação de 4,63%. Pelos valores médios coletados pelo Gape, a Cesta Básica Alimentar (governamentalO salão nobre da Bovespa virou um palanque nesta sexta-feira para manifestações pelo fim da CPMF nas bolsas, durante uma cerimônia de premiação de empresas. A isenção do tributo, pleito antigo do mercado financeiro para incentivar investidores, está na pauta de votação da Câmara dos Deputados a partir da terça-feira. O destaque ficou com o presidente do Banco Central, Armínio Fraga Neto, que, além de convocar deputados e senadores para a aprovação do fim da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira em negócios com ações, recebeu elogios por seu trabalho na maioria dos discursos. No palco, ao falar sobre a necessidade de se continuar a alavancar o mercado de capitais no País, após a aprovação da Lei das S/A no ano passado, Fraga disse ter esperança de que o Congresso se junte a nós e haja consciência sobre o que está sendo proposto, ao se referir à incidência de CPMF em bolsa. Em tom encabulado, as frases iniciais do presidente do BC foram de agradecimento aos companheiros de batalha e também às palavras gentis e certamente exageradas do executivo da Vale do Rio Doce, uma das premiadas pela Associação Nacional de Investidores de Mercados de Capitais (Animec). Em seu discurso, Roberto Castello Branco, diretor de relações com investidores da Vale, observou que a estabilidade macroeconômica também é fundamental para ampliar o mercado de capitais no Brasil. O trabalho de Fraga nesse sentido é excepcional. Trata-se do melhor presidente de Banco Central que o Brasil já teve, elogiou rasgadamente Castello Branco.