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Nº 5759
Economia

Governo ainda deve R$ 80 mi de subs�dio da cana

Edivaldo Junior A liberação dos R$ 310 milhões de saldos do programa de equalização de custos da cana-de-açúcar (subsídio), na última sexta-feira, não encerra a batalha de mais de três anos dos produtores nordestinos para assegurar o benefício. O dinhei

Por | Edição do dia 06/10/2002 - Matéria atualizada em 06/10/2002 às 00h00

Edivaldo Junior A liberação dos R$ 310 milhões de saldos do programa de equalização de custos da cana-de-açúcar (subsídio), na última sexta-feira, não encerra a batalha de mais de três anos dos produtores nordestinos para assegurar o benefício. O dinheiro depositado pela Petrobras no Banco do Nor-deste, na última quarta-feira e, na sexta-feira, transferido para as contas dos beneficiários, quitou, através de acordo entre governo e produtores (usinas e fornecedores), os saldos devidos pelo programa até dezembro de 2001. Daí para trás, não existem mais débitos. Tecnicamente, no entanto, o governo já está devendo os saldos da safra 01/02 (de janeiro a abril deste ano), que deveriam ter sido pagos no começo da safra seguinte – ou seja, o mês passado. “O setor não quer, agora, apenas receber os valores. A meta é receber o subsídio corrigido”, anuncia o presidente da União das Associações de Fornecedores de Cana-de-açúcar do Nordeste(Unida), Gregório Maranhão. “O valor do subsídio está com uma defasagem de 50%. Hoje ele é pago na base de R$ 5, quando deveria estar valendo pelo menos R$ 10 por tonelada”, anunciou. “Senão amanhã, mas na terça-feira, vamos iniciar, em Brasília, o processo para o recebimento do saldo da equalização”, completou Gregório. As entidades do setor estimam que o saldo do subsídio da safra 01/02 corrigido represente um volume de recursos entre R$ 70 e R$ 80 milhões. “O índice de correção já foi apresentado ao Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima) desde dezembro de 2000 e até agora o governo não se pronunciou. Vamos cobrar uma posição e a correção que é extremamente justa”, adiantou Edgar Antunes, presidente da Associação dos Fornecedores de Cana (Asplana), que também confirmou a participação da entidade no processo de cobrança do subsídio. “Desde o princípio estivemos à frente desta luta. Vamos continuar. A liberação do saldo é o cumprimento de uma etapa. Nossa luta maior é pelo cumprimento da Lei. Ou seja, queremos que o programa funcione plenamente, sem a necessidade de brigas na Justiça ou atrasos, como os verificadosaté agora”, concluiu Antunes.

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