Economia
D�lar aumenta 3,17% por causa de d�vidas

São Paulo - Mesmo com a ida do candidato governista à Presidência da República, José Serra (PSDB), para o segundo turno das eleições, o mercado de câmbio operou em alta durante quase todo o dia para fechar a R$ 3,725 na compra e a R$ 3,735 na venda, alta de 3,17%. A explicação para alta do dólar, agora, é que o mercado irá atravessar mais três semanas de indefinições e especulações até a realização do pleito, em 27 de outubro. Na última semana, pesquisas de intenção de voto indicavam a possibilidade de vitória do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, no primeiro turno. Porém, na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 2,16%, a R$ 3,620, e o motivo para esse recuo, de acordo com operadores, era a possibilidade de Serra ir para o segundo turno -o tucano é o preferido do mercado por significar a continuidade da atual política econômica. Além da expectativa do mercado com a sucessão presidencial, o mês de outubro tem um volume alto de pagamentos de vencimentos no exterior de empresas privadas. A rolagem da dívida interna pública atrelada ao câmbio, no valor de US$ 3,6 bilhões, que vence no próximo dia 17, é outro fator de preocupação. Até agora o Banco Central não anunciou como será feita a rolagem. Na última sexta-feira, o BC tentou alongar a dívida, mas as taxas cobradas pelas instituições financeiras para aceitar novos papéis foram muito altas e acabaram recusadas pela autoridade monetária. Bolsa O Ibovespa acelerou o ritmo de queda registrado durante todo o dia no final do pregão e fechou com desvalorização de 4,28% (8.863 pontos). O giro somou R$ 271,976 milhões, o menor desde 8 de julho (R$ 221,448 milhões) e o quarto mais baixo do ano. A indefinição do quadro eleitoral - com a certeza de uma disputa no segundo turno entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e José Serra (PSDB)- ajudou a influenciar o recuo de ontem.