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Nº 5822
Economia

Medidas do BC n�o conseguem derrubar d�lar

São Paulo – O mercado começou a operar ontem pela manhã com a expectativa de uma queda maior da moeda americana, por conta das medidas anunciadas pelo Banco Central no início da noite de segunda-feira. No entanto, o dólar encerrou o dia praticamente estáv

Por | Edição do dia 09/10/2002 - Matéria atualizada em 09/10/2002 às 00h00

São Paulo – O mercado começou a operar ontem pela manhã com a expectativa de uma queda maior da moeda americana, por conta das medidas anunciadas pelo Banco Central no início da noite de segunda-feira. No entanto, o dólar encerrou o dia praticamente estável, com baixa de apenas 0,13%, negociado a R$ 3,73. O BC aumentou em até 50% a necessidade de capital que os bancos precisam ter para manter a mesma exposição cambial permitida até aquele dia. Analistas e operadores avaliaram que as instituições teriam de fazer um reajuste de suas posições para se adequar à nova norma, o que poderia detonar a venda de dólares. Continuou o questionamento do mercado sobre o porquê de o BC ter esperado o dólar subir tanto para limitar a exposição dos bancos. Um operador avaliou que a medida pode ser vista por um lado negativo aos olhos do mercado, que poderia interpretá-la como um sinal de que o BC não tem dólares para vender. Ou não está disposto a vendê-los. A moeda norte-americana chegou a operar em baixa de até 2,5%, pela manhã. A queda teria sido estimulada por um melhor início de dia nas Bolsas dos EUA. Mas a baixa acentuada não se sustentou ainda por conta da forte concentração do vencimento de dívidas dos setores públicos e privados nos próximos dias. Para este mês há cerca de US$ 700 milhões em débitos de empresas e bancos, que não deverão ser renovados. Portanto haveria necessidade real de dólares as instituições estariam comprando a moeda norte-americana antecipadamente para honrar seus compromissos, que começam a vencer no final desta semana. Essa pressão de compra teria impedido uma baixa maior. O crédito externo ao Brasil é escasso devido à aversão mundial ao risco, após os escândalos financeiros de empresas norte-americanas e as perdas por eles geradas e ao cenário político brasileiro, que apresenta grandes chances de a oposição vencer as eleições presidenciais. Por conta de toda a desconfiança externa em relação ao Brasil, o risco-país, calculado pelo banco JP Morgan, subiu mais 2,1%, para 2.091 pontos ontem.

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