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Nº 5901
Economia

Pressionada pelo c�mbio, infla��o estoura meta

A alta do dólar causou mais pressão sobre os preços em setembro. A desvalorização do real no período ajudou a provocar no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) uma alta de 0,72% no mês passado, superior ao resultado já elevado de 0,65% de a

Por | Edição do dia 10/10/2002 - Matéria atualizada em 10/10/2002 às 00h00

A alta do dólar causou mais pressão sobre os preços em setembro. A desvalorização do real no período ajudou a provocar no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) uma alta de 0,72% no mês passado, superior ao resultado já elevado de 0,65% de agosto. O câmbio causou aumentos expressivos principalmente nos alimentos, que subiram 1,96%, após registrarem 1,94% em agosto. Entre os principais aumentos no período, destacaram-se o óleo de soja (+14,23%), a farinha de trigo (+10,71%), o macarrão (+5,60%), o biscoito (+4,28%) e o pão francês (+2,68%). Câmbio Os produtos não alimentícios também já sofrem o impacto do câmbio: os eletrodomésticos subiram 1,90% e os artigos de higiene pessoal, 1,89%. Nem mesmo a redução de 7,61% do gás de cozinha e da falta de reajuste de tarifas melhorou o índice de preços. No ano, até setembro, o IPCA acumulou alta de 5,6% e, nos últimos 12 meses, a taxa acumula 7,93%. Em setembro do ano passado, o IPCA foi de 0,28%. Assim, a meta de inflação do governo para 2002 já extrapolou seu teto em setembro, faltando três meses para o fim do ano. A meta de inflação era de 3,5% neste ano, com possibilidade de variar 2 pontos percentuais para cima ou para baixo, isto é, poderia chegar a 5,5% entre janeiro e dezembro. IGP-DI atinge 2,64% Os impactos da alta do dólar estão mais intensos e generalizados nos preços do atacado, mostrou, ontem, o Índice de Preços ao Consumidor Disponibilidade Interna (IGP-DI) divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). A variação do índice atingiu 2,64% em setembro, ante 2,36% em agosto. Mais que o aumento, os dados mostraram que os reajustes estão ganhando fôlego e estão cada vez mais próximos do consumidor final, analisou o economista Salomão Quadros, responsável pelo indicador.

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