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Nº 5822
Economia

D�lar volta a disparar e fecha cotado a R$ 3,92

Depois de operar com bastante volatilidade, mas dentro de uma faixa limitada durante a maior parte do dia, o dólar fechou em alta de 1,95%, cotado a R$ 3,92 para venda e R$ 3,915 para compra. A pressão veio do vencimento de uma dívida cambial de US$ 3,6 b

Por | Edição do dia 17/10/2002 - Matéria atualizada em 17/10/2002 às 00h00

Depois de operar com bastante volatilidade, mas dentro de uma faixa limitada durante a maior parte do dia, o dólar fechou em alta de 1,95%, cotado a R$ 3,92 para venda e R$ 3,915 para compra. A pressão veio do vencimento de uma dívida cambial de US$ 3,6 bilhões. O resgate desse valor leva alguns grandes investidores a tentar inflar a cotação do dólar para receber mais dinheiro na liquidação, que é feita em reais. O valor do dólar utilizado no resgate é determinado pela Ptax (taxa média do dólar compilada pelo BC durante todo o dia) de ontem. Parte do impulso da cotação do dólar ocorre porque, com títulos que vão vencer em mãos, alguns investidores passam a substituir o ‘’hedge’’ (proteção cambial) em papel por dólares. Por outro lado, o mercado tem cobrado taxas muito altas para aceitar o prolongamento da dívida, que demonstram desinteresse pelos papéis cambiais do governo. O BC tem recusado essas taxas. ‘’O problema é que o BC tem feito tudo ao contrário que o mercado esperava. Acharam que ele ia intervir pesado no câmbio durante a manhã, e ele vendeu pouco, achamos que ia resgatar a dívida, e ele decidiu rolar’’, afirmou Miriam Tavares, diretora da corretora AGK. Ontem foi o dia de vencimento de US$ 3,6 bilhões em dívida do governo atrelada ao dólar e o Ptax (preço médio do dólar, medido diariamente pelo BC) de ontem balizará o valor a ser pago no resgate, hoje. O BC renovou 61,6% do vencimento e houve um movimento de pressão nas taxas para garantir um rendimento maior no pagamento dos títulos. O Ptax teve alta de 0,46%, para R$ 3,8744. O BC tentou prosseguir com a rolagem da dívida em duas operações, uma de manhã, outra à tarde. Só aceitou as propostas para US$ 83 milhões em contratos de “swap” com vencimento em 1º de novembro. Mais uma vez não divulgou as taxas que pagou na operação, alegando que o prazo curtíssimo distorce os números.

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