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Nº 5902
Economia

Fuga de d�lares dobra em outubro

As remessas de dólares para o exterior feitas por meio das CC-5 (contas mantidas por empresas ou pessoas instaladas ou residentes no exterior) já chegam a US$ 7,417 bilhões neste ano, segundo dados do Banco Central. No mesmo período do ano passado, US$ 4,

Por | Edição do dia 18/10/2002 - Matéria atualizada em 18/10/2002 às 00h00

As remessas de dólares para o exterior feitas por meio das CC-5 (contas mantidas por empresas ou pessoas instaladas ou residentes no exterior) já chegam a US$ 7,417 bilhões neste ano, segundo dados do Banco Central. No mesmo período do ano passado, US$ 4,167 bilhões deixaram o país por meio desse instrumento. Nas primeiras duas semanas deste mês, as remessas de dólares pelas CC-5 chegaram a US$ 567 milhões, mais que o dobro dos US$ 253 milhões registrados no mesmo período de setembro. Para o BC, o valor das remessas feitas pelas CC-5 não preocupa e não deve ser entendido como uma fuga de capitais. Em geral, o envio de dólares para fora do país costuma aumentar em momentos de crise, quando pessoas e empresas tentam proteger seu patrimônio. Isso ocorre porque, diferentemente de outras operações, nos negócios feitos pelas CC-5 não é preciso explicar ao BC os motivos da remessa. Basta que os envolvidos na operação sejam identificados. Em dezembro do ano passado, por exemplo, quando a crise argentina se agravava, as remessas pelas contas CC-5 chegaram a US$ 1,357 bilhão. Transações financeiras Além das remessas feitas pelas CC-5, as transações classificadas pelo BC de financeiras (ingresso de investimento estrangeiro, pagamento de dívida externa e remessas de lucros e dividendos, entre outras) também colaboraram para a saída de dólares. Nas primeiras duas semanas de outubro, essas transações foram responsáveis pelo envio de US$ 830 milhões. No ano, o valor já chega a US$ 18,1 bilhões, ante US$ 5,1 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Esse comportamento reflete, em grande parte, a queda no ingresso de investimento estrangeiro direto no país e a dificuldade das empresas em conseguir empréstimos no exterior. Com isso, as empresas precisam remeter dólares para quitar os empréstimos que não foram renovados.

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