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Nº 5808
Economia

Cigarrinha amea�a 40% dos canaviais de AL

EDIVALDO JUNIOR Pelo menos 10% dos canaviais de Alagoas estão infestados com a “cigarrinha da folha”, um inseto que pode reduzir a produção de cana a zero nas áreas mais afetadas. O problema, no entanto, está apenas começando. A partir de abril, a situaç

Por | Edição do dia 24/02/2002 - Matéria atualizada em 24/02/2002 às 00h00

EDIVALDO JUNIOR Pelo menos 10% dos canaviais de Alagoas estão infestados com a “cigarrinha da folha”, um inseto que pode reduzir a produção de cana a zero nas áreas mais afetadas. O problema, no entanto, está apenas começando. A partir de abril, a situação tende a se agravar e a praga deve atingir entre 30% e 40% das plantações. O alerta é do pesquisador e agrônomo da Asplana, Bartolomeu Carvalho. Ele fez um levantamento na última semana e constatou a ocorrência da cigarrinha da folha em todos os 33 muniocípios da zona canavieira de Alagoas. “Em alguns regiões, o problema ainda é pequeno. Mas constatamos que em pelo menos 15 municípios é necessário fazer o controle imediato da praga”, adverte. Segundo Bartolomeu, o controle deve ser feito quando o produtor constata a ocorrência de pelo menos dois insetos adultos por colmo de cana. Num hectare normalmente existem 80 mil colmos ou varas de cana. “Se não for feito o controle, a praga voltará mais forte no próximo ciclo, causando danos maiores”, diz. A cigarrinha, explica o pesquisador, injeta uma toxina que nercosa a folha da cana (a planta fica com a aparência de queimada), diminuindo a capacidade de fotossíntese e de absorção de açúcar da planta. O primeiro pico da praga da cigarrinha da folha, este ano, deve ocorrer em abril, o que possibilitará a ocorrência de mais um ou dois picos. “Normalmente, a praga só atinge o ponto de pico, em Alagoas, nos meses de junho e julho. Mas este ano, com o verão chuvoso, o surgimento da cigarrinha foi antecipado em dois meses”, explica. Os danos provocados pela cigarrinha são confirmados pelo pesquisador Arthur Mendonça, consultor de um dos maiores laboratórios de controle biológico da cultura de cana-de-açúcar do País. “A infestação da cigarrinha é preocupante não só em Alagoas, mas também nas outras regiões produtoras de cana, a exemplo de São Paulo, onde a praga começou a surgir nos últimos anos”, avalia. Arthur, assim como Bartolomeu, recomenda o controle da praga o quanto antes: “Quanto mais cedo se combater a cigarrinha, menor será o dano que ela causará aos canaviais”, diz.

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