Em dia tranq�ilo, d�lar cai e fecha a R$ 3,87
O dólar fechou essa sexta-feira em baixa de 0,89%, a R$ 3,87 para venda e R$ 3,86 para compra, em um dia definido pelo mercado como bastante tranqüilo e de poucos negócios. Na semana, entretanto, a moeda norte-americana acumulou valorização de 1,3% e no m
Por | Edição do dia 19/10/2002 - Matéria atualizada em 19/10/2002 às 00h00
O dólar fechou essa sexta-feira em baixa de 0,89%, a R$ 3,87 para venda e R$ 3,86 para compra, em um dia definido pelo mercado como bastante tranqüilo e de poucos negócios. Na semana, entretanto, a moeda norte-americana acumulou valorização de 1,3% e no mês, de 2,9%. Dois fatores contribuíram para a queda dessa sexta-feira: a alta das bolsas norte-americanas com a safra de balanços positivos de empresas, que enfraqueceu o pessimismo nos mercados globais, e a repercussão positiva no mercado da aproximação do PT dos setores financeiro e empresarial. A moeda havia aberto em alta nessa sexta-feira, após a queda de quinta-feira, e chegou à máxima de R$ 3,945. Segundo operadores, o Banco Central teria intervindo nesse momento com a venda de dólares às mesas de câmbio, revertendo a alta. Além disso, mais tarde, o BC vendeu mais US$ 20 milhões em linhas à exportação. A apresentação, pelo PT, de uma estratégia para reavivar o mercado de capitais, elaborada a partir de propostas da Bovespa e outras instituições ligadas ao Plano Diretor e um jantar oferecido por empresários de São Paulo em apoio à candidatura de Lula, do qual participaram nomes importantes das finanças e empresas, animaram o mercado. O mercado gostou dos pronunciamentos do PT sobre política econômica e política fiscal. Chegamos no ponto em que uma vitória do Lula (Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência) já está 100% no preço do mercado, então o que vier de notícia boa é lucro, afirmou ontem Marco Antônio Azevedo, gerente de câmbio do Banco Brascam. O fim de semana promete uma nova rodada de pesquisas, e o rumor no mercado é de que o candidato governista teria melhorado um pouco seu desempenho. Além disso, a alta nas Bolsas norte-americanas - o índice Dow Jones, o principal do mercado dos EUA, sobe 0,16% neste fim de tarde - também animou o mercado. A crise de confiança nas Bolsas estrangeiras é a principal causa da falta de liqüidez nos países emergentes, já que, com medo de investir até em seus próprios países, a aversão ao risco leva os investidores globais a desfazerem suas posições em outros mercados, sobretudo os emergentes. Por isso, quando a percepção melhora lá fora, ela reflete imediatamente aqui dentro. O único incômodo mencionado ontem pelo mercado foi o vencimento de uma dívida cambial de US$ 1,1 bilhão na próxima quarta-feira. Até agora, o Banco Central não anunciou se pretende ou não alongar o vencimento.