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Nº 5759
Economia

D�vida: governo critica avalia��o feita por ag�ncia

Brasília - A agência de classificação de risco Fitch rebaixou, ontem, as dívidas interna e externa do Brasil de B+ para B, com perspectiva negativa. O motivo, segundo a Fitch, seria a piora nos fundamentos de crédito, provocada “por incertezas persistent

Por | Edição do dia 22/10/2002 - Matéria atualizada em 22/10/2002 às 00h00

Brasília - A agência de classificação de risco Fitch rebaixou, ontem, as dívidas interna e externa do Brasil de B+ para B, com perspectiva negativa. O motivo, segundo a Fitch, seria a piora nos fundamentos de crédito, provocada “por incertezas persistentes em torno da continuidade das políticas econômicas e da sustentabilidade da dívida, como resultado da transição eleitoral”. Tão logo tomou conhecimento do rebaixamento, o governo classificou de “extemporânea e equivocada” a decisão da agência. “Extemporânea por partir de uma visão pré-concebida do desenho futuro da política econômica; equivocada por basear-se em conteúdo analítico deficiente”, afirma uma nota conjunta do Ministério da Fazenda e do Banco Central (BC). A nota conclui que a agência “tomou uma decisão precipitada e sem o necessário embasamento técnico requerido para cumprir com sua missão: a de orientar responsavelmente os investidores aqui e no exterior”. A divulgação de uma nota de duas páginas e meia criticando duramente a decisão da agência é um fato inédito. Normalmente, o governo não comenta as oscilações na classificação de risco do País. Ela marca uma atitude mais agressiva em defesa da política econômica brasileira. Segundo a nota, o relatório da Fitch analisa as perspectivas da economia brasileira a partir da transição administrativa e das decisões que serão tomadas pelo futuro presidente. Mesmo reconhecendo ser incapaz de prever o que será feito, a agência, na avaliação do governo, “age como se soubesse que o próximo governo não será capaz de lidar de forma adequada com a questão”.

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