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Nº 5759
Economia

Receita aperta o cerco e intima mais de 3 mil empresas suspeitas

Brasília - A Receita Federal dará início na próxima semana a uma grande operação de combate às empresas laranjas que atuam no comércio exterior. A ofensiva começará com a intimação de 3.200 empresas importadoras suspeitas de serem laranjas e de praticarem

Por | Edição do dia 25/10/2002 - Matéria atualizada em 25/10/2002 às 00h00

Brasília - A Receita Federal dará início na próxima semana a uma grande operação de combate às empresas laranjas que atuam no comércio exterior. A ofensiva começará com a intimação de 3.200 empresas importadoras suspeitas de serem laranjas e de praticarem lavagem de dinheiro. De um universo de 24 mil empresas que importaram em 2002, a Receita detectou que 2.000 movimentaram, entre janeiro de 2000 e agosto de 2002, R$ 135 bilhões (incluindo os tributos diretos) em mercadorias. O valor, porém, é considerado incompatível com a capacidade econômica e financeira delas. Outras 800 empresas não apresentaram declaração de Imposto de Renda em 2001, mesmo tendo movimentado R$ 3 bilhões em operações relacionadas a importações. A Receita também identificou mais 400 empresas que se apresentaram como inativas na declaração do IR, embora tenham realizado mais de R$ 62 milhões em gastos com importação. Ao anunciar o início da operação, o coordenador-geral de Administração Aduaneira da Receita, Ronaldo Medina, informou que as empresas desses três grupos serão as primeiras que vão ser notificadas. A expectativa é de que até o fim deste ano todas essas 3.200 empresas tenham sido intimadas. Cerca de 60% estão situadas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. As empresas terão 20 dias para se defender. Elas terão de comprovar ao Fisco seu efetivo funcionamento, a origem dos recursos empregados nas operações e sua condição de real adquirente das mercadorias transacionadas. Caso contrário, poderão ter seu registro no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) cassado. Correm também o risco de perder suas mercado-rias e os responsáveis legais pela empresa estão sujeitos a processo criminal. “Muitas empresas intimadas não vão sequer aparecer. A mercadoria fica abandonada”, aposta o coordenador da Receita para os casos de empresas fantasmas. Entre as práticas ilícitas, estão o subfaturamento e superfaturamento de mercadorias.

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