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Nº 5759
Economia

D�lar alto faz ind�stria substituir importa��es

São Paulo - A valorização do dólar, que soma cerca de 60% apenas este ano, desencadeou o início de um  processo de substituição de importações na indústria paulista de manufaturados. É o que constata pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Exterior

Por | Edição do dia 26/10/2002 - Matéria atualizada em 26/10/2002 às 00h00

São Paulo - A valorização do dólar, que soma cerca de 60% apenas este ano, desencadeou o início de um  processo de substituição de importações na indústria paulista de manufaturados. É o que constata pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Exterior (Abracex). De acordo com a Abracex, entidade que congrega mais de 350 associados, 73% de 429 médias e pequenas empresas consultadas já iniciaram algum processo de substituição de importações por causa do encarecimento das compras externas, provocada pela forte desvalorização do real. Em quase todas (95%), essa substituição de produtos importados por similares de fabricação nacional ocorreu em matérias-primas, partes e peças. A pesquisa da Abracex mostra ainda que o valor mensal dessas substituições supera os US$ 10 mil na grande maioria das médias e pequenas empresas (61%), enquanto outras 24% informaram que o montante supera os US$ 100 mil por mês. Entre os setores consultados pela entidade estão os de autopeças, eletroeletrônicos, confecção, calçados, alimentos e embalagens. O presidente da Abracex, Roberto Segatto, disse que o problema “é que esse processo todo está se dando de forma improvisada, na marra, porque não existe programa algum, nem do governo nem do setor privado, para substituir as importações”. A pesquisa mostra, por exemplo, que 98% das médias e pequenas indústrias de São Paulo deixaram de importar exclusivamente por causa do aumento dos preços, provocado pela alta do dólar. A Abracex quis saber também das empresas pesquisadas se o governo deveria estimular a substituição das importações ou apenas deixar que a flutuação da taxa cambial funcionasse como sistema regulador. A maioria, 90%, respondeu que o governo federal deveria elaborar um programa que permitisse e ordenasse esse processo.

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