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Nº 5901
Economia

Estabilidade � o maior desafio do governo Lula

São Paulo - Manter a estabilidade macroeconômica, e reverter o quadro de endividamento e pressão fiscal serão os principais desafios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva na opinião dos analistas da agência de classificação Standard & Poor’s. “O presid

Por | Edição do dia 29/10/2002 - Matéria atualizada em 29/10/2002 às 00h00

São Paulo - Manter a estabilidade macroeconômica, e reverter o quadro de endividamento e pressão fiscal serão os principais desafios do governo de Luiz Inácio Lula da Silva na opinião dos analistas da agência de classificação Standard & Poor’s. “O presidente eleito e os membros de sua administração enfrentam agora o desafio de sustentar a estabilidade macroeconômica e levar adiante um conjunto de políticas consistentes para que, em última instância, se possa reverter o quadro de crescente pressão sobre a situação fiscal e o serviço da dívida e para que o país possa realizar seu potencial de crescimento”, informou a agência. Para a analista de rating soberano da S&P, Lisa Schineller, o debate político realizado nas últimas semanas “incluiu uma discussão mais detalhada sobre a direção das políticas futuras”. Isso sinaliza, segundo ela, que no curto prazo, Lula dará sinais de como será a condução de suas políticas macroeconômicas. Entre os pontos positivos destacados pela analista estão as afirmações feitas pelo principais dirigentes do PT de que a equipe de governo, principalmente a econômica, será formada por nomes de áreas técnicas. Isso poderá agilizar o desenvolvimento de um programa econômico e ajudar a conter as pressões do mercado financeiro. A conclusão das reformas fiscais são consideradas fundamentais pela S&P. Segundo a agência, o novo governo terá também que adotar medidas “duras e impopulares”, mas que são necessárias para manter o equilíbrio das contas públicas. Acordo com o FMI A primeira revisão do acordo de US$ 30 bilhões do Brasil com o Fundo Monetário Internacional (FMI), assinado durante o período eleitoral, deve ocorrer a partir da segunda semana de novembro, tomando como referência o resultado das contas públicas de setembro, que será divulgado pelo Banco Central (BC) na quinta-feira. As atenções estarão voltadas para o comportamento da dívida do setor público, um dos principais indicadores observados pelo Fundo e que pode, dependendo do resultado apurado, indicar a necessidade de alterar as metas de superávit primário de 2002 e 2003, de 3,88% e 3,75%, respectivamente. Essa missão do Fundo ganha contornos políticos importantes, porque desta vez a revisão do acordo será discutida com a participação de representantes do governo eleito. O presidente Fernando Henrique definiu que, no processo de transição de governo, o presidente eleito terá “opinião preponderante” em relação à revisão do acordo com o FMI.

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