PIB de Alagoas est� abaixo do NE
Estudo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) mostra que o crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) estadual alcançou 25,7%, entre 2002 e 2009, mas ficou abaixo da média nordestina daquele período, 32,8%. Nosso desempenho econômico ficou ab
Por | Edição do dia 20/01/2013 - Matéria atualizada em 20/01/2013 às 00h00
Estudo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) mostra que o crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB) estadual alcançou 25,7%, entre 2002 e 2009, mas ficou abaixo da média nordestina daquele período, 32,8%. Nosso desempenho econômico ficou abaixo do registrado em Pernambuco (29,2%), Bahia (32,7%) e Ceará (32,9%), os três Estados mais dinâmicos da região que mais cresce em todo o País. Alagoas também não superou Sergipe, que cresceu 37,1% naquele intervalo. O drama é acentuado em razão de Alagoas já ter se posicionado entre as quatro maiores do Nordeste, diz Fábio Guedes Gomes. Professor doutor da Ufal, o autor de A inserção da Economia Alagoana na Recente Dinâmica de Crescimento Regional entende que os alagoanos são penalizados de suas formas: a involução econômica e a acentuada dependência externa. Entendo que Alagoas está sendo deixada para trás comparando com outros Estados, analisa o pesquisador, segundo o qual, não fossem os repasses federais haveria muito pouco recurso para se investir em diversos setores de nossa economia. Alagoas poderia ser comparada à família cujos filhos, acostumados aos minguados recursos caseiros, rezam pela chegada da madrinha com seus recursos para investir em roupas, comida, livros e escola de qualidade. Divulgado em 2011 mas com dados ainda atuais, reforça Guedes o levantamento mostra também que o baixo crescimento durante o período verificado não permitiu que o Estado aproveitasse as oportunidades geradas pela transição demográfica. De acordo com o autor da pesquisa, o crescimento, ou não, da população tem reflexos nas avaliações do PIB per capita. Alagoas é uma das economias da região que apresentaram taxas muito baixas no somatório de riquezas produzidas por cada cidadão.