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Nº 5822
Economia

D�lar fecha a R$ 3,59, menor valor em 6 semanas

São Paulo - Os bancos venderam os dólares excedentes em caixa e, lentamente, volta para o país o dinheiro remetido para o exterior antes das eleições. O resultado dessa movimentação foi a terceira queda consecutiva do dólar, que fechou a R$ 3,595 para a c

Por | Edição do dia 02/11/2002 - Matéria atualizada em 02/11/2002 às 00h00

São Paulo - Os bancos venderam os dólares excedentes em caixa e, lentamente, volta para o país o dinheiro remetido para o exterior antes das eleições. O resultado dessa movimentação foi a terceira queda consecutiva do dólar, que fechou a R$ 3,595 para a compra e a R$ 3,600 na venda, baixa de 0,82%. Essa é a menor cotação da moeda norte-americana em seis semanas. O dólar abriu em alta pressionada pela compra de moeda por importadores. Esses investidores vinham adiando as compras ao máximo na expectativa de que o dólar caísse mais. Entretanto, no meio da manhã, o movimento de compra perdeu a força com a atuação dos bancos, que com a venda dos dólares excedentes em caixa derrubaram a cotação. Segundo analistas, os grandes investidores estavam no limite de suas posições de “hedge” (proteção cambial) preparados para notícias negativas após as eleições presidenciais. No entanto, a reação foi contrária. As declarações do PT no sentido de manter o compromisso fiscal e conter a inflação animaram o mercado, e os investidores até passaram a dar menos importância para os nomes que comporão a equipe de transição. Com a melhora de expectativas, começam aos poucos a voltar para o país os dólares que saíram pela CC5, enviados por investidores antes do segundo turno das eleições. Bolsa A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou em queda de 0,27%. A Bolsa teve um giro de R$ 714,869 milhões, acima da média diária de outubro (R$ 543,5 milhões). O Ibovespa (que reúne as 55 ações mais cotadas) ficou em 10.140. Com o resultado, o índice acumulou valorização de 1,25% na semana e queda de 25,35% no ano. O Ibovespa oscilou bastante, entre uma mínima de 10.043 pontos [queda de 1,21%] e uma máxima de 10.265 pontos [alta de 0,96%]. Risco-Brasil O risco-Brasil fechou mais uma vez em baixa, emendando a terceira queda, e chegou a 1.696 pontos, o menor patamar desde 9 de setembro (1.972 pontos) e 2,41% abaixo do fechamento de quinta-feira. O C-Bond, principal título da dívida brasileira no exterior, avançou 2,67% para 60% do valor de face. O risco-país mede a diferença entre os juros pagos pelos títulos da dívida de um país emergente em relação aos títulos do Tesouro dos EUA. Quanto maior essa diferença, maior o risco e pior a cotação do título emergente. O movimento de queda reflete a melhor percepção dos investidores a respeito da economia do país, alimentada pelas declarações do PT no sentido de manter o compromisso fiscal e pelos constantes elogios por parte de membros da atual equipe econômica, especialmente do presidente do Banco Central, Armínio Fraga.

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