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Nº 5759
Economia

Petrobras anuncia reajuste cinco dias ap�s elei��es

Rio - Cinco dias após o fim da campanha eleitoral, a Petrobras anunciou ontem um pacote de reajustes nos preços dos combustíveis com reflexos que vão desde o gás de cozinha às passagens aéreas, passando pela pressão de preços no atacado para o repasse do

Por | Edição do dia 02/11/2002 - Matéria atualizada em 02/11/2002 às 00h00

Rio - Cinco dias após o fim da campanha eleitoral, a Petrobras anunciou ontem um pacote de reajustes nos preços dos combustíveis com reflexos que vão desde o gás de cozinha às passagens aéreas, passando pela pressão de preços no atacado para o repasse do aumento de custos com insumos como óleo combustível e diesel. A dois meses do fim do ano, os reajustes também terão impacto negativo na inflação de 2002. A gasolina, combustível de maior visibilidade, ganhou um reajuste de 12,09%, o que pode representar um aumento na bomba, a partir desta segunda-feira, entre 10% e 11% em São Paulo, segundo empresas distribuidoras. A Petrobras estimou um repasse médio de 9% no País. O óleo diesel, principal combustível usado para o transporte de cargas, foi reajustado em 20,50%, com possível repasse de cerca de 18% aos consumidores e transportadores no Estado de São Paulo. Além disso, a estatal voltou a reajustar o preço do gás liqüefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, para uso comercial. Este produto, vendido em botijões de 13 quilos, estava sob intervenção da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e será aumentado em 22,8% na segunda-feira. O mercado espera um repasse de até 12% para o consumidor. Gasolina e diesel estavam com seus preços represados desde o início de julho, quando a Petrobras fez o último reajuste. Segundo o diretor de abastecimento da estatal, Rogério Manso, a empresa esperava a redução das incertezas do mercado, provocadas pelo processo eleitoral, a maior aversão dos investidores a riscos e a possibilidade de uma nova guerra no Golfo. Especialistas do setor, porém, atribuem às eleições um peso bem superior na decisão de segurar os preços da gasolina e do diesel. “Ficou claro para o mercado que a liberdade de preços sinalizada em janeiro era fachada e que o controle teve finalidade explicitamente política”, comentou o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra-Estrutura (CBIE).

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