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Nº 5822
Economia

Empres�rios da constru��o se animam com promessa de Lula

EDIVALDO JUNIOR A proposta do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, de aumentar os investimentos da construção civil para gerar mais empregos no País, caiu como uma luva para as pretensões dos empresários do setor. O ano de 2002 é considerado

Por | Edição do dia 03/11/2002 - Matéria atualizada em 03/11/2002 às 00h00

EDIVALDO JUNIOR A proposta do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, de aumentar os investimentos da construção civil para gerar mais empregos no País, caiu como uma luva para as pretensões dos empresários do setor. O ano de 2002 é considerado positivo para o segmento em Alagoas, principalmente na construção de obras públicas, conjuntos residenciais e imóveis para a classe média. No entanto, as lideranças do setor ainda vêem muitas brechas para incrementar a construção civil no Estado. “O Brasil tem um déficit de 11 milhões de moradias. Em Alagoas esse déficit é de 60 mil residências. Se o futuro presidente quiser, bastar investir na construção de casas populares, para gerar ao mesmo tempo mais empregos e melhor qualidade de vida para a população”, analisa Ronald Vasco, presidente da Ademi (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário). Outro ponto positivo para o segmento, aponta Vasco, é que a construção de casas, puxa outras obras importantes e de grande porte. “Junto com o conjunto, é preciso fazer a escola, o saneamento, o posto de saúde, a loja, ou seja, um conjunto de construções públicas e privadas que vão contribuir para melhorar a qualidade de vida e gerar mais empregos no país”, defendeu. Vasco acredita que mesmo com o compromisso de manter a estabilidade da economia, o futuro presidente poderá encontrar, facilmente, meios para gerar mais recursos para o financiamento de construções populares. “Uma das medidas que podem ser adotadas é o fim do uso do FGTS para investimento em ações, carreando estes recursos para a habitação. O governo também pode determinar o cumprimento da legislação da poupança, destinando, como manda a Lei, no mínimo de 60% de suas aplicação para o financiamento habitacional”, sugere Vasco. Outra medida que o presidente da Ademi defende é aplicação dos recursos da poupança no Estado de origem. “Alguns bancos captam recursos em Alagoas, mas vão investir em São Paulo. Isto é uma injustiça com o Estado”, argumenta. Exemplo Tanto Ronald Vasco, quanto o presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria Construção Civil), José (Zezinho) Nogueira, fazem questão de destacar os investimentos feitos pela Caixa Econômica Federal no Estado. “Nos últimos três anos, entregamos cerca de três mil unidades do PAR, um programa que hoje é exemplo para o país. Já estão aprovadas as construções de outras 2,6 mil unidades e existem mais quatro mil em análise”, destaca Vasco. Nogueira, além da satisfação com a Caixa, destaca a mudança de comportamento do governo FHC este ano. “O governo resolveu investir um pouco mais no setor este ano. Esperamos que estes investimentos sejam mantidos ou ampliados”, afirmou. Zezinho também está otimista com o futuro governo e acredita que Lula vai, de fato, investir na construção civil . “Ele sabe que esse segmento responde rapidamente, gerando empregos de imediato. Se o futuro realmente quer cumprir sua promessa de campanha, ele terá de apostar na construção civil como uma importante aliada”, enfatizou. Para o presidente do Sinduscon, a maior necessidade, no caso de Alagoas, é a construção de casas voltadas para famílias com renda de até seis salários mínimos.

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