O perfil dos trabalhadores domésticos nas seis regiões metropolitanas brasileiras – um dos poucos levantamentos oficiais sobre o assunto – indica que os trabalhadores domésticos representam 8,1% da população ocupada no agregado dessas regiões pelos pesquisadores do governo federal. Por razões histórico-culturais, este contingente de trabalhadores, caracteriza-se pela predominância de mulheres (94,3%) e de pretos e pardos (61,8%). “São poucos os trabalhadores do sexo masculino atuando no serviço doméstico de Maceió”, observa Sibelly Nishimura, donda de agência de intermediação de mão de obra doméstica. O levantamento também evidencia uma realidade característica dos tempos em que não havia leis trabalhistas consolidadas: o serviço doméstico remunerado é, ainda, considerado uma das formas de inserção no mercado de trabalho mais precárias pelos baixos índices de formalização e reduzidos níveis de rendimentos.