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Nº 5901
Economia

Nervosismo do mercado eleva d�lar para R$ 3,61

Após ensaiar uma cotação abaixo dos R$ 3,50, na segunda-feira, o dólar rompeu ontem uma seqüência de três quedas e fechou em alta de 2,79%, cotado a R$ 3,61 para venda e R$ 3,605 para compra, próximo da máxima do dia (R$ 3,617) registrada na reta final do

Por | Edição do dia 13/11/2002 - Matéria atualizada em 13/11/2002 às 00h00

Após ensaiar uma cotação abaixo dos R$ 3,50, na segunda-feira, o dólar rompeu ontem uma seqüência de três quedas e fechou em alta de 2,79%, cotado a R$ 3,61 para venda e R$ 3,605 para compra, próximo da máxima do dia (R$ 3,617) registrada na reta final dos negócios. O impulso veio dos dados sobre inflação, que alimentaram apostas em uma nova alta dos juros, e na rolagem insatisfatória de uma dívida cambial que vence na quinta-feira. Com a alta dos índices como o IGP-DI e IPCA, cresceu a aposta de que o Copam (Comitê de Política Monetária do Banco Central) venha a aumentar drasticamente a taxa básica de juros em sua reunião na próxima semana para inibir o consumo e conter a inflação. Hoje, os juros são de 21% ao ano. No mercado futuro, os juros para dezembro já estão a 21,76% ao ano. Dívida O dólar já abriu em alta na manhã de ontem e intensificou o movimento depois que o Banco Central não aceitou pagar as altas taxas cobradas pelos investidores para alongar uma dívida cambial que vence na quinta-feira. Com isso, ontem foram renovados apenas mais US$ 174,8 milhões do vencimento de US$ 1,9 bilhão, completando a rolagem de 58,5%. A recusa do Banco Central estressou o mercado e aumentou a demanda por dólares em dinheiro vivo, fazendo a cotação atingir a máxima do dia. Embora muitos analistas considerem positivo para o BC liquidar sua dívida cambial e reduzir sua exposição ao dólar, a falta de demanda na operação e a corrida por dólares “ao vivo” indica que existe demanda por moeda para saldar vencimentos particulares, e não para “hedge” (proteção cambial), o que detona um efeito dominó e leva outros investidores a comprarem. Há também pressão por parte de alguns investidores para incharem a cotação e aumentarem seus lucros com os contratos cambiais que vencem, indexados ao dólar mais liquidados em reais.

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