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Nº 5822
Economia

Calote: Argentina s� pagar� US$ 77 mi da d�vida

Buenos Aires - A Argentina não pagará toda a dívida de 809 milhões de dólares que tem com o Banco Mundial e cujo vencimento ocorreu nesta quinta-feira. A informação foi confirmada oficialmente. Com a decisão, a Argentina poderá perder o crédito de um dos

Por | Edição do dia 15/11/2002 - Matéria atualizada em 15/11/2002 às 00h00

Buenos Aires - A Argentina não pagará toda a dívida de 809 milhões de dólares que tem com o Banco Mundial e cujo vencimento ocorreu nesta quinta-feira. A informação foi confirmada oficialmente. Com a decisão, a Argentina poderá perder o crédito de um dos poucos organismos internacionais capazes de ajudar o país. De acordo com o governo argentino, o país decidiu pagar apenas 77 milhões de dólares em juros devidos ao Banco Mundial. A notícia do calote argentino vem no momento em que o ministro da Economia Roberto Lavagna está em Washignton, tendo as últimas conversas como o FMI na tentativa de garantir ajuda para a pior crise econômica da terceira maior economia da América Latina. Pagar apenas uma parte do empréstimo não é o suficiente para evitar que a Argentina entre no clube de inadimplentes composto por países como o Iraque e o Zimbábue. A decisão de não pagar o Banco Mundial causou nervosismo no mercado argentino. O dólar negociado no mercado livre subiu 1,1% e a Bolsa de Buenos Aires caiu 3,25%. A maior parte dos analistas criticou a decisão do governo. “Essa decisão pode isolar ainda mais a Argentina do mercado internacional”, afirmou Alicia Caballero, economista da Universidade Católica da Argentina. Na avaliação da economista, o governo deveria fazer um esforço para negociar a moratória que atinge os credores privados. “Mas essa decisão mostra que isso está longe de ocorrer. É complicado ficar cada vez mais ilhado e sem opções.” Agustín Etchebarne, diretor da Delphos Investment, afirmava que seria difícil conseguir um acordo com o FMI. Primeiro pela própria decisão de não pagar o Banco Mundial. Segundo porque a instabilidade política estaria bloqueando o avanço das negociações.

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