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Nº 5824
Economia

R�sco-Brasil recua 1,93% e fecha no menor n�vel em sete semanas

O risco-país brasileiro fechou ontem com seu melhor nível desde 2 de setembro, pouco mais de um mês antes do primeiro turno da eleição presidencial. No final da tarde, o indicador ampliou a queda para 1,93% e fechou a 1.626 pontos. No dia 2 de setembro,

Por | Edição do dia 20/11/2002 - Matéria atualizada em 20/11/2002 às 00h00

O risco-país brasileiro fechou ontem com seu melhor nível desde 2 de setembro, pouco mais de um mês antes do primeiro turno da eleição presidencial. No final da tarde, o indicador ampliou a queda para 1,93% e fechou a 1.626 pontos. No dia 2 de setembro, havia fechado a 1.618 pontos. Os principais títulos da dívida do país negociados no exterior, os C-bond, subiram 1,15%, cotados a 60,625% do valor de face. O risco-país mede a diferença entre os juros pagos pelos títulos da dívida de um país e os do Tesouro norte-americano - quanto maior essa diferença, maiores são os juros pagos, maior o risco-país e pior é a cotação do papel. Desde o segundo turno da eleição presidencial, em 27 de outubro, o risco Brasil vem caindo, embora ainda esteja longe de retornar ao patamar vigente no início deste ano, em torno de 800 pontos. O movimento mostra uma melhora da percepção dos investidores estrangeiros em relação ao governo eleito no Brasil, que aos poucos vai se solidificando. Do alívio inicial, que ajudou a reduzir o indicador que até então embutia a projeção de declarações econômicas pouco ortodoxas do PT no governo, o sentimento está se transmutando em confiança e expectativa positiva. Segundo o economista Guido Mantega, assessor econômico do PT, a expectativa é que o risco, pouco após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro, retorne ao patamar em que operava no início deste ano. Entretanto, analistas advertem que o nível alto do indicador atual é reflexo não apenas da situação doméstica, mas da crise de confiança global. Após a onda de escândalos contábeis em empresas norte-americanas e com a possibilidade de uma nova guerra no Iraque, cresceu a aversão dos investidores globais ao risco, o que provoca uma fuga de aplicações em países emergentes. Hoje, o Brasil tem o quinto maior risco-país do mundo, atrás apenas da Argentina, da Nigéria, do Uruguai e do Equador.

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