Petrobras anuncia aumento de 2,2% no pre�o da gasolina nas refinarias
Duas semanas depois do veto do presidente Fernando Henrique Cardoso, a Petrobras põe em prática o primeiro aumento no preço da gasolina pós-abertura de mercado. O percentual é quase o mesmo que o anunciado no dia - 2,2%, em média - e o reajuste começa a v
Por | Edição do dia 28/02/2002 - Matéria atualizada em 28/02/2002 às 00h00
Duas semanas depois do veto do presidente Fernando Henrique Cardoso, a Petrobras põe em prática o primeiro aumento no preço da gasolina pós-abertura de mercado. O percentual é quase o mesmo que o anunciado no dia - 2,2%, em média - e o reajuste começa a valer à zero-hora de sábado. O impacto nas bombas, na avaliação da Federação Nacional do Comércio Varejista de Combustíveis (Fecombustíveis), deve variar entre 1,5% e 2%. Se esse percentual for respeitado em Maceió, o litro da gasolina cujo preço médio atualmente é de R$ 1,55 na cidade deve ficar entre R$ 1,57 e R$ 1,58. Mas o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo (Sindicombustíveis) chegou a anunciar, como base nesse mesmo percentual, anunciado anteriormente pela Petrobras, que o preço da gasolina subiria para R$ 1,60, o que representaria um reajuste superior a 3%. Em Maceió, a promessa é que o aumento entre em vigor na medida em que os postos forem renovando os estoques, o que deve ocorrer a partir de sábado. É possível, no entanto, que já no fim de semana todos os postos da cidade comecem a praticar o novo preço. Os motivos para o reajuste são os mesmos do último anúncio, feito há 12 dias: alta nas cotações do petróleo e seus derivados no mercado internacional e do dólar no Brasil nos últimos três meses, além da equalização do preço interno com os da concorrência. No início do ano, a estatal reduziu o preço da gasolina em 25%, percentual calculado com base na evolução do mercado nos últimos meses de 2001. A nova política de preços da companhia prevê o acompanhamento freqüente do mercado internacional e variações no Brasil quando o movimento externo interferir nos ganhos da companhia. O reajuste anunciado anteriormente não chegou a ser posto em prática devido a uma confusão envolvendo o presidente da Petrobras, Francisco Gros, e os ministros da Casa Civil, Pedro Parente, e de Minas e Energia, José Jorge - membros do Conselho de Administração da companhia. Depois de conversarem sobre o reajuste de 2,28%, os três esqueceram de avisar ao presidente da República, que havia prometido à população uma redução de 20% no preço da gasolina. Até a semana passada, segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), o percentual de queda era de apenas 15%.