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Nº 5822
Economia

Infla��o passa de 2% e tem maior alta desde 95

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), confirmou informações de outros institutos de pesquisas que já apontavam a disparada da inflação nos últimos dias. Segundo o IBGE, o

Por | Edição do dia 27/11/2002 - Matéria atualizada em 27/11/2002 às 00h00

O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), confirmou informações de outros institutos de pesquisas que já apontavam a disparada da inflação nos últimos dias. Segundo o IBGE, o IPCA-15 apresentou variação positiva de 2,08% em novembro. Essa é a maior taxa desde junho de 1995, quando os preços subiram 2,25%. Em outubro, o índice havia sido de 0,90%. A alta na taxa mensal foi provocada, principalmente, pelos alimentos e combustíveis. No ano, a taxa do IPCA-15 ficou em 8,67% e, nos últimos 12 meses, em 9,27%. Em novembro, as variações de preços dos alimentos continuaram crescentes e atingiram 4,47% no período, resultado significativamente superior ao de outubro (1,77%). Vários produtos tiveram aumentos expressivos, revelando repasses da alta do dólar para os preços ao consumidor. Os itens com os maiores aumentos foram açúcares cristal (30,83%) e refinado (27,07%), farinha de trigo (22,80%), arroz (11,87%), óleo de soja (10,61%), macarrão (9,64%), pão francês (9,78%), ovos (8,36%), café moído (7,57%), frango (7,39%) e carnes (5,69%). Quanto aos combustíveis, a variação de 5,23% observada na gasolina reflete, nas bombas, o início do repasse do reajuste de 12,09% ocorrido nas refinarias a partir do dia 4 de novembro. Da mesma forma, a variação de 3,98% no gás de cozinha reflete parte inicial do reajuste de 22,1% em vigor a partir de 5 de novembro. Quanto ao álcool combustível, a alta atingiu 17,59%, em função de repasse de reajustes praticados pelas usinas. Destacaram-se, ainda, entre outros itens, as passagens aéreas, cujos preços aumentaram 17,55%. O IPCA-15 se refere às famílias com rendimento entre 1 e 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte. Abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. O índice é calculado segundo a mesma metodologia do IPCA. A diferença está no período de coleta: enquanto a coleta de preços do IPCA é realizada ao longo do mês civil, a do IPCA-15 é realizada, aproximadamente, do dia 15 do mês anterior ao dia 15 do mês de referência.

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