D�lar sobe e fecha a R$ 3,69 para venda
São Paulo - A combinação entre o rebaixamento e a recomendação para a dívida brasileira pelo banco de investimentos norte-americano JP Morgan e o forte fluxo de compra por empresas com dívidas a saldar no exterior levaram o dólar a registrar ontem seu mai
Por | Edição do dia 04/12/2002 - Matéria atualizada em 04/12/2002 às 00h00
São Paulo - A combinação entre o rebaixamento e a recomendação para a dívida brasileira pelo banco de investimentos norte-americano JP Morgan e o forte fluxo de compra por empresas com dívidas a saldar no exterior levaram o dólar a registrar ontem seu maior fechamento desde os R$ 3,72 de 30 de outubro. A moeda norte-americana subiu 1,79% e fechou a R$ 3,69 para venda e R$ 3,68 para compra. O movimento no câmbio acompanhou o do mercado de dívida, onde o risco Brasil sobe 2,4% e opera a 1.564 pontos. O sentimento do mercado, que vinha melhorando, sofreu um golpe quando, pela manhã, o banco de investimento JP Morgan anunciou que rebaixou de neutro para abaixo da performance do mercado a recomendação de compra para os papéis da dívida brasileira. As compras foram puxadas por empresas endividadas, embora, segundo operadores, nenhum banco ou companhia tenha se destacado com grandes volumes adquiridos. Expectativas Por outro lado, com a equipe econômica do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, prestes a ser anunciada, a maior parte dos investidores está de braços cruzados, aguardando os nomes para decidir o que fazer, o que reduz drasticamente o volume de negócios e dá maior força à alta. Lula volta ao Brasil hoje, devendo anunciar a equipe até quinta-feira, no máximo. Os nomes que circularam sob forma de rumores até agora agradaram ao mercado e criaram uma expectativa otimista. Para este mês, estão marcados vencimentos de US$ 3,1 bilhões em dívida privada no exterior, concentrados nas três primeiras semanas. Apesar da melhora das linhas externas de financiamento para empresas brasileiras no exterior, elas ainda são escassas, o que obriga a maior parte das companhias a saldarem seus vencimentos, aumentando a demanda por dólares.