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Economista recomenda cautela nas compras de fim de ano

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FÁBIA ASSUMPÇÃO As festas de fim de ano estão chegando e, com isso, aumenta o ímpeto de muitos consumidores em ir às compras. Mas os especialistas recomendam muita cautela nesse momento de instabilidade econômica no País, com alta do dólar e dos juros. O economista Luiz Antônio Cabral afirma que o ideal seria evitar as compras a prazo. “O melhor é comprar à vista, mas caso não haja alternativa o consumidor deve pesquisar preços, verificando as diferenças de uma loja para outra”, aconselha. Luiz Antônio orienta ainda que, além dos preços, o consumidor deve ficar atento para as lojas que oferecem as menores taxas de juros e maiores prazos de pagamento. “Para verificar quanto está sendo cobrado de juros nas vendas parceladas, o consumidor deve somar o valor de todas as prestações e avaliar se vale a pena fazer a compra”. O economista assegura que sempre é possível identificar as diferenças das taxas de juros de uma loja para outra. Os consumidores também devem ter cuidado com o uso do cartão de crédito, empréstimos pessoais e cheque especial. “É recomendável utilizar o cartão de crédito, desde que se possa pagar o total da compra na data do vencimento, pois o refinanciamento do resíduo pode custar caro”, adverte Luiz Antônio. Os juros cobrados pelas administradoras de cartões de crédito nos refinanciamentos estão variando entre 9% a 13% por mês. No cheque especial as taxas de juros variam de 6,5% a 11%. Para quem está no vermelho no cheque especial e no cartão de crédito, Luiz Antônio aponta como alternativa os empréstimos pessoais, cujos juros são menores, nos bancos onde a pessoa possui conta, variando entre 4,5% a 8%. Outra advertência feita pelo economista é evitar gastos antecipados devido à expectativa do pagamento do 13º salário, que muitas empresas começam a liberar a partir de novembro. “Para quem já está endividado, o melhor é utilizar esse dinheiro para regularizar a situação e limpar o nome nos serviços de proteção ao crédito (SPC e Serasa) e fazer o possível para não fazer novas despesas”. Ímpeto Conter o ímpeto de ir às compras nesse momento, segundo Luiz Antônio, é a atitude mais sensata, principalmente porque o índice de endividamento das pessoas de classe média e pobre cresceu bastante nos últimos anos. Esse problema é atribuído ao achatamento salarial e os constantes aumentos dos serviços públicos, como água, energia e combustíveis. “Antes de fazer uma nova compra, os consumidores devem verificar à renda disponível e analisar sua capacidade de pagamento”. Outro conselho dado pelo economista, para economizar na hora das compras, é substituir produtos de marcas por similares, ou seja, deixar de lado a vaidade e olhar o bolso. Também fazer um boicote dos produtos que estão com preços exorbitantes. Para quem já está em dificuldades financeiras, refazer as contas não tem sido nada fácil. É o caso da comerciária R. M. L, 26 anos. Ela perdeu o controle do cartão de crédito e teve que recorrer a empréstimos para saldar às dívidas. “Só que acabou virando uma bola de neve: o empréstimo não deu para cobrir tudo o que devia e minhas dívidas aumentaram ainda mais”. R. calcula que suas dívidas hoje passam de R$ 2 mil e seu salário não chega a R$ 500,00.

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