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Nº 5759
Economia

Racionamento acaba e conta de luz fica mais cara

Brasília - O racionamento de energia acaba hoje, e a conta de  luz fica mais cara. Nas leituras  feitas a partir deste mês, para cada kWh gasto, o consumidor pagará R$ 0,0049 a título de “Encargo de Capacidade Emergencial” -o seguro anti-racionamento. Em

Por | Edição do dia 01/03/2002 - Matéria atualizada em 01/03/2002 às 00h00

Brasília - O racionamento de energia acaba hoje, e a conta de  luz fica mais cara. Nas leituras  feitas a partir deste mês, para cada kWh gasto, o consumidor pagará R$ 0,0049 a título de “Encargo de Capacidade Emergencial” -o seguro anti-racionamento. Em uma conta de 500 kWh/mês, significa um acréscimo de R$ 2,45 por mês. O valor corresponde ao custo que o consumidor pagará para que 58 usinas termelétricas fiquem à disposição do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) para serem acionadas em caso de risco de falta de energia. Essas usinas podem gerar até 2.105 MW. De acordo com cálculos feitos pela área técnica do governo, o aluguel das usinas corresponde a reajuste médio de 2,26% na conta dos consumidores da Eletropaulo e de 2,13% para os consumidores da CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz). Segundo dados do próprio ONS, no entanto, não será preciso gerar energia emergencial em 2002. O “ministério do apagão’’ informou que não há risco de novo racionamento de energia até o fim de 2003. A economia de energia durante o período em que o racionamento esteve em vigor foi de 26 mil megawatts/hora (MWh) incluindo a redução no consumo registrada na Região Norte, que saiu do racionamento no dia 1º de janeiro. O total de energia economizada corresponde ao consumo, durante um ano, de 7,2 milhões de residências que gastam em média 300 KW/h por mês. A redução no consumo daria também para abastecer por um ano três Estados do porte do Espírito Santo. Com a cobrança da sobretaxa daqueles que gastavam energia além da meta estabelecida pelo governo, as distribuidoras arrecadaram R$ 431,7 milhões. O total de bônus pago àqueles que economizaram mais que o necessário foi de R$ 832,9 milhões, sem contar o bônus que ainda será pago em março. Ontem, o volume de águas nas barragens do Nordeste chegou a 55,53% da capacidade máxima, 6,6 pontos percentuais acima do limite de segurança, que garante o abastecimento de energia este ano, sem a necessidade de acionar as usinas térmicas de emergência. No Sudeste e Centro-Oeste, o nível dos reservatórios chegou a 62,95% da capacidade, ou seja, 9,02 pontos percentuais acima do limite de segurança.

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