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Seca provoca redu��o de 5% na safra alagoana de cana

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EDIVALDO JUNIOR Nem mesmo a chuvarada que caiu em algumas cidades da zona canavieira alagoana na última sexta-feira ou a previsão de uma rente fria nesse final de semana foram suficientes para melhorar as previsões de produção de cana-de-açúcar na safra 2002/03. Pela primeira vez desde o início da colheita, o Sindaçúcar (Sindicato da Indústria do Açúcar Álcool em Alagoas) admitiu que a atual safra ficará abaixo de 24 milhões de toneladas. A avaliação hoje é de que a produção será pelo menos 5% menor do que a previsão de 25 milhões de toneladas, feita inicialmente. “Teremos, em termos agrícola, pelo menos 1,2 milhão de toneladas de cana a menos”, afirma o presidente do Sindaçúcar, Jorge Toledo. A quebra de safra agrícola, no entanto, ainda não é suficiente, aponta Toledo, para reduzir a produção na indústria. “Nossa estimativa de produção de açúcar e de álcool se mantém. Isto porque a cana tem chegado mais rica em ATR (açúcares totais recuperáveis) na indústria”, sintetiza o presidente do Sindaçúcar . Exportações No fechamento da semana, sexta-feira, o Sindaçúcar divulgou o balanço das exportações realizadas na atual ano safra (setembro de 2002 a agosto de 2003): 888 mil toneladas de açúcar já foram entregues no porto. O comportamento dos negócios até agora reforçam, segundo Jorge Toledo, a estimativa inicial de quebra do recorde de exportação. “Devemos exportar um volume de açúcar entre 1,3 milhão e 1,4 milhão de toneladas nessa safra, superando o número da safra anterior que é o nosso recorde”, destaca. Preços Apesar de favoráveis no mercado externo , os preços do açúcar estão se tornando mais atraentes no mercado interno, onde o saco de açúcar está valendo entre R$ 41 e R$ 42. Na bolsa de Nova Iorque o açúcar demerara fechou a semana valendo cerca de 7,5 centavos de dólar por libra peso – algo em torno de US$ 165 por tonelada ou R$ 590 pelo câmbio de sexta-feira. O álcool também está com preços considerados atraentes pelo setor. Em são Paulo, o álcool anidro fechou a cotação semanal em R$ 0,77 por litro e o hidratado foi cotado a R$ 0,69. Tanto o açúcar quanto o álcool estão bem mais valorizados agora do que no início da safra de cana de Alagoas, em setembro. A reação de preços no entanto, foi maior no mercado interno. No período, a saca de açúcar de 50 kg pulou de R$ 29 para R$ 42, no mercado interno, enquanto na bolsa de Nova Iorque a cotação subir de cerca de 6 centavos para 7,5 centavos de dólar por libra peso. “Com esse cenário, os preços no mercado interno estão se tornando mais atraentes para as indústrias. Ainda assim deveremos manter os volumes de exportações, até porque a vocação da indústria sucroalcooleiro de Alagoas é a exportação”, analisou Toledo.

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