Economia
D�lar fecha a R$ 3,41 em alta de 0,88%

São Paulo O câmbio teve mais um dia de pressão ontem. A moeda encerrou o dia cotada a R$ 3,41 para venda e R$ 3,405 para compra, uma alta de 0,88% alimentada pelo agravamento das tensões entre EUA e Iraque - terceiro maior fechamento no ano, perdendo apenas para os dois da semana da transição presidencial. o nível de ontem é o mais alto desde 3 de janeiro. Segundo analistas, o dólar vinha caindo principalmente com a expectativa de entrada de cerca de US$ 1,2 bilhão captado por bancos e empresas brasileiras no exterior, que levou muita gente a vender dólares antevendo uma baixa maior da cotação. Entretanto, isso ainda não aconteceu. Além disso, com a expectativa de uma guerra entre EUA e Iraque cada vez mais iminente, o movimento se reverteu: quem tem dólares deixou de vendê-los, apostando que a cotação vai subir no caso de um conflito armado na maior região exportadora de petróleo do mundo, o Golfo Pérsico, onde está localizado o Iraque. Swap O anúncio de que daqui para a frente o Banco Central (BC) vai tentar renovar apenas o equivalente ao principal dos contratos de swap cambial, deixando de rolar a parcela dos juros desses papéis, também aumentou a demanda pela moeda norte-americana. Com a medida, que - segundo a instituição - visa a padronizar a rolagem dos contratos de swap à dos títulos cambiais, a oferta de ativos atrelados ao dólar vai diminuir, o que acabou pressionando o câmbio. Pela nova metodologia, o BC deu por concluída a rolagem do principal do US$ 1,3 bilhão de papéis cambiais que vencem quarta-feira, corrigidos pela cotação média (ptax) de amanhã. O próximo vencimento de contratos de swap ocorrre no dia 3 de fevereiro, de US$ 1,735 bilhão.