O sistema de produção envolve toda a família. Além do sogro de Palmira, dono de 2,5 hectares que inclui um laranjal e a área cultivada. Um irmão de Laelson e a cunhada também estão no Agroamigo. Os dois filhos de Palmira ajudam no cultivo e recebem uma parte da produção para trabalhar na feira. “Este ano, eles compraram os materiais escolares com o dinheiro deles”, conta a mãe orgulhosa. Hoje a família tem cinco reses no quintal e o tempo das vacas magras ficou para trás. Laelson lembra quando o filho mais velho tinha 6 anos e ele conseguiu comprar uma bicicleta usada. “Eu vinha na estrada com ela nas costas, muito satisfeito, pensando como ele ia ficar tão feliz quando eu entregasse”, lembra Laelson, com olhar umedecido. “Ele chegou com o saco da feira e a bicicleta, lembro como se fosse ontem”, completa Palmira. O assessor de microcrédito lembra que toda a família, os amigos e os vizinhos da região aderiram ao Agroamigo. “Eles criaram um núcleo produtivo”, enaltece Diego Veríssimo. “A vida melhorou em tudo: na condição financeira, na saúde, no bem-estar, todo mundo comenta que acha bonito a nossa união, para onde vai é os dois na moto, a gente quando luta junto, trabalha junto, fica tudo melhor”, afirma Palmira.