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Nº 5759
Economia

Amazonas e Bahia brigam por guaran�

São Paulo, SP – Símbolo da Amazônia, é em terras baianas que o guaraná registra sua a maior produção nacional. Levada do Amazonas para a Bahia nos anos 1970, adaptou-se perfeitamente ao solo fértil e à temperatura noturna e amena da região, dando produçõe

Por | Edição do dia 24/05/2015 - Matéria atualizada em 24/05/2015 às 00h00

São Paulo, SP – Símbolo da Amazônia, é em terras baianas que o guaraná registra sua a maior produção nacional. Levada do Amazonas para a Bahia nos anos 1970, adaptou-se perfeitamente ao solo fértil e à temperatura noturna e amena da região, dando produções mais rentáveis por hectare. Mas, embora o sul da Bahia produza três vezes mais que toda a região Norte, no preço o Amazonas inverte a vantagem. O quilo do fruto amazônico custa quase três vezes mais que o baiano. Para tentar virar esse jogo, produtores baianos criaram a marca Guaraná da Mata Atlântica, para competir com o Guaraná da Amazônia, preferido por indústrias de refrigerantes, farmacêuticas e importadores do extrato. Os amazonenses, de seu lado, pediram o registro de Indicação Geográfica do Ministério da Agricultura. Nessa disputa, duas cidades simbolizam os polos opostos. No Amazonas, Maués (a 276 km de Manaus) é conhecida como a terra do guaraná e abriga uma unidade da Antarctica desde 1963. Do lado baiano, Taperoá (a 165 km de Salvador) quer tomar esse título para si, já que, em quantidade, tornou-se a maior produtora mundial há mais de uma década. “Não podemos tirar o mérito da origem do produto, mas eles não têm nossa qualidade e quantidade”, afirma Gerval Teófilo, secretário-executivo da Cadeia Produtiva do Guaraná da Bahia. Em 2011, Taperoá, que tem o guaraná como principal produto e produz cerca de um terço do fruto baiano, exportou R$ 145 mil. Três anos depois, foram R$ 14 milhões.

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