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Nº 5759
Economia

Cresce percentual de fam�lias endividadas

Rio – O endividamento dos consumidores se manteve estável, mas a inadimplência cresceu em maio, indicando que a crise econômica atingiu de vez a capacidade de consumo das famílias, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic),

Por | Edição do dia 29/05/2015 - Matéria atualizada em 29/05/2015 às 00h00

Rio – O endividamento dos consumidores se manteve estável, mas a inadimplência cresceu em maio, indicando que a crise econômica atingiu de vez a capacidade de consumo das famílias, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada ontem pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O porcentual de famílias que disseram ter dívidas subiu para 62,4% neste mês, ante 61,6% em abril. Ficou abaixo dos 62,7% de maio de 2014. A proporção das famílias com dívidas ou contas em atraso aumentou para 21,1% em maio, contra 19,7% em abril e 20,9% em maio de 2014. “A percepção das famílias em relação ao endividamento piorou muito, apesar da moderação do crédito”, afirmou Marianne Hanson, economista da CNC. A moderação no crescimento do crédito se reflete na estabilidade do nível do endividamento, explicou a economista. Isso que dizer que os consumidores não estão tomando novos empréstimos nem se endividando mais, mas sim tendo dificuldade para pagar dívidas antigas. Segundo Marianne, essa dificuldade está relacionada à piora recente no mercado de trabalho, com queda na renda do trabalhador e o aumento do custo de vida no início do ano. “Isso afeta a capacidade de pagar as contas”, disse a economista da CNC. Os dados da pesquisa de maio também mostram que não há sinal de melhoria no quadro no curto prazo. A parcela dos entrevistados pela Peic que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, segundo a CNC, tenderiam a permanecer inadimplentes, também aumentou nas duas bases de comparação, alcançando 7,4% em maio, ante 6,9% em abril passado e 6,8% em maio de 2014. Segundo Marianne, a Peic de maio também mostra que a confiança do consumidor segue em baixa, apontando para um mau desempenho do consumo das famílias na economia. A pesquisa da CNC mede a percepção, pois os próprios consumidores entrevistados informam se estão endividados ou não, se têm ou não condições de pagar suas dívidas. São contabilizados como endividamento as dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros.

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