O feirante é um ser adaptável por natureza. Se somem os clientes que fazem compras grandes, o aumento da freguesia de pequenas compras é o que sustenta negócios, como o de Jária Santiago nos dias de semana. No meio da crise, a variedade e qualidade dos produtos fazem a diferença. “Aqui a gente limpa, coloca tudo bem arrumado, capricha na apresentação do produto e no atendimento”, revela a dona de quitanda. O secretário executivo Antônio Luiz da Silva mora próximo a dois supermercados na Ponta Verde e responde sem pensar duas vezes por que prefere pegar o carro e dirigir até a feira da Jatiúca toda quinta-feira. “Aqui eu sou cliente, sou bem atendido, não tem fila, nem funcionário mal humorado por causa de algum problema”, resume Antônio que é freguês assíduo da dona Maria Betânia da Silva, há cinco anos, numa relação próxima à amizade. E tem mais. “Além de ser mais em conta, o material é bem selecionado, ela já sabe como eu gosto das coisas e num instante eu compro tudo”. Para Antônio, não é só por causa da crise que os consumidores deveriam prestar atenção para as vantagens da feira. “Aqui tem qualidade, é bom para todas as classes sociais, se as pessoas tomarem conhecimento disso vão querer sempre comprar aqui”, sugere o secretário.