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Nº 5759
Economia

Cortador de cana � profiss�o em extin��o

São Paulo, SP – Se não fosse pelo seu podão (faca grande afiada), o pernambucano Ademir Ferreira da Costa, de 43 anos, poderia até passar despercebido. Sua profissão, de cortador de cana, hoje é quase uma exceção no estado de São Paulo, maior produtor do

Por | Edição do dia 19/07/2015 - Matéria atualizada em 19/07/2015 às 00h00

São Paulo, SP – Se não fosse pelo seu podão (faca grande afiada), o pernambucano Ademir Ferreira da Costa, de 43 anos, poderia até passar despercebido. Sua profissão, de cortador de cana, hoje é quase uma exceção no estado de São Paulo, maior produtor do País. Costa faz parte de um pequeno grupo que migra todos os anos para o Centro-Sul do País para trabalhar na colheita de cana. Se, há quase dez anos, Costa dividia espaço com vários de seus conterrâneos, hoje trabalha nos canaviais lado a lado com grandes e pesadas colheitadeiras – que plantam e colhem a cana. Cada máquina dessas, que chega a custar até R$ 1 milhão, substitui, em média, 80 trabalhadores e colhe 100 mil toneladas de cana por safra. A colheita mecanizada de cana já atinge 90% da safra em São Paulo e quase o mesmo índice na região Centro-Sul do País. Em São Paulo, a queima da palha da cana é proibida desde o ano passado em áreas aptas à mecanização e tem de ser abolida totalmente até 2017 para não mecanizáveis, segundo Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Unica). “Os cortadores podem atuar em áreas inferiores a 150 hectares ou em áreas com declives superiores a 12%, onde máquinas têm dificuldade para entrar.” “Trabalho há nove safras com cana. Venho para São Paulo todo ano para colher laranja e depois ir para os canaviais”, conta Costa, que mora na cidade de Itobi, a cerca de 250 quilômetros da capital de São Paulo, para atender as usinas nas região.

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